Na linguagem comum, confunde-se trabalho  de campo com etnografia. A rigor, trabalho de  campo não é invenção da Antropologia nem muito  menos monopólio dela. Já a etnografia  ou o  método etnográfico  e a observação participante  são abordagens próprias da Antropologia, que  emergem e se consolidam ao longo do século  XX. Se entendemos um método como uma forma  de nos aproximarmos da realidade que nos  propomos a estudar e entender, reconhecemos os  seguintes elementos constitutivos da etnografia e  da observação participante, exceto:
						
						-                              A.                                                  convivência prolongada e densa com o grupo  ou situação que se quer estudar, estabelecendo  relações com as pessoas de maneira a observar  de modo direto e sistemático o seu cotidiano.
 -                              B.                                                  aprendizado da língua (se for o caso) de modo a  construir uma interlocução efetiva com o grupo  e tentar entender as categorias que dão sentido  ao seu mundo.
 -                              C.                                                  sólida formação teórica e conhecimento dos  valores, critérios e conceitos da Antropologia,  propiciando a retroalimentação entre teoria e  evidências empíricas.
 -                              D.                                                  emprego sistemático de um conjunto de técnicas  de registro (anotações em diário de campo,  genealogias, histórias de vida, entrevistas,  etc.), visando a produção de dados relevantes  ao estudo.
 -                              E.                                                  acesso direto à vida íntima e privada das pessoas,  de modo a conhecer as tramas que se passam  nos bastidores das suas relações afetivas.