Questão número 676000

Ética da Virtude: Nunca a humanidade esteve tão carente de si mesma, de sua consciência ética para além dos discursos teológicos e ideológicos. Presumidamente, o avanço civilizatório cultural e tecnológico assegura uma concepção de humanidade eticamente virtuosa. No entanto, nos parece que a vida é outra coisa, que se resume às relações econômicas e de mercado, se não tivermos a certeza de que assim sempre fora. Há gritos por todo o planeta apelando pela preservação da natureza em sua totalidade, um apelo que, em última instância, tem como finalidade a preservação da vida da própria espécie humana. Nessa direção reflexiva, Stan Van Hooft nos ensina que “o substantivo ‘vida’ é uma abstração. Ele denota uma condição biológica ou categoria que, seja na frase ‘reverência pela vida’ ou ‘a santidade da vida, é ainda abstrata demais para entrar no discurso da ética da virtude. Como uma abstração, a noção de ‘vida’ encaixa-se facilmente nos discursos da teologia e da moralidade. Porquanto esses discursos descrevem os nossos deveres em termos universais, objetivos e absolutos, eles só podem usar a linguagem generalista cheia de abstrações. Embora esses termos sejam importantes, especialmente quando debatemos direito e políticas públicas, eles não captam os momentos de envolvimento íntimo com o que é precioso e vulnerável nas situações concretas nas quais a virtude é demandada. A ética da virtude é particularista: ela fala de coisas específicas. Portanto, ao invés de falar da ‘vida’, devemos falar de seres vivos em particular. Isso implicará divergentes compromissos com a ação quando nos aproximamos dos animais, da biosfera ou de outros seres humanos. E, nestes últimos, implicará respostas divergentes dependendo do ser humano diante de nós”. Hooft define o comportamento humano virtuoso apresentando proposições coerentes com o conteúdo do texto acima, sendo divergente apenas a seguinte proposição:

    A) Os agentes virtuosos irão demonstrar respeito pelos seres vivos, admirar suas naturezas biológicas e tratá-los delicadamente


    B) Uma pessoa virtuosa irá responder a uma criança recém-nascida com amor e afeição, mas também haverá reverência pelo simples fato da sua existência como ser vivo.


    C) Ser virtuoso o levará a ser sensível aos valores e necessidades de todos os envolvidos em situações particulares, a assumir a responsabilidade e a estabelecer o valor à vida que, nesse contexto, seja apropriado.


    D) A virtude da reverência confere profundidade e qualidade à vida ética. Ela reconhece o valor e a importância daquilo com o que os agentes virtuosos têm de lidar no mundo.


    E) Agentes reverentes se admirarão com os seres vivos e os considerarão valiosos em si mesmos. Eles serão coisas que devem ser utilizadas como meros instrumentos da nossa vontade e não valorizados por causa deles mesmos.


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