Questões de Filosofia do ano 2016

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O autor afirma que

  • A. há necessidade de os seres humanos manifestarem sua sensibilidade de várias maneiras, bem como de fruírem estas manifestações que ocorrem através de variados modos. E isso basta para a sua realização.
  • B. a racionalidade deve estar acima das manifestações da sensibilidade sob pena de não se poderem produzir os instrumentos necessários à boa vida humana.
  • C. a produção racional de instrumentos é necessária, mas isso não basta ao ser humano. Ele necessita, também, de produzir arte, como, por exemplo, a poesia.
  • D. as diversas manifestações da sensibilidade têm apenas a função de distração e de lazer para os seres humanos.
  • E. prosa e poesia são as formas mais importantes de arte para os seres humanos. Mais importantes que a própria alimentação.

Há posições diversas sobre a função da arte na vida dos seres humanos. Uma dessas discussões diz respeito à sua função social. Afirma-se, em certas posições que a arte não tem função além dela própria. A arte é pela arte. Em outras que ela tem a função consciência crítica a respeito do que não é justo, por exemplo, nas sociedades. Segundo Chauí (2003, p. 288) “As duas concepções são problemáticas. A primeira porque imagina o artista e a obra de arte como desprovidos de raízes no mundo e livres das influências da sociedade sobre eles – o que é impossível. A segunda porque corre o risco de sacrificar o trabalho artístico em nome das “mensagens” que a obra deve enviar à sociedade para mudá-la, dando ao artista o papel de consciência crítica do povo oprimido”.

Segundo o texto,

  • A. a arte nada tem a ver com a sociedade. A arte tem finalidade em si mesma.
  • B. os debates sobre funções da arte são inúteis.
  • C. artistas não devem e não podem veicular mensagens sociais através da arte.
  • D. ambas as posições são problemáticas. Mas, não se pode negar que artista e arte sempre têm raízes na sociedade e dela sofrem influências.
  • E. o artista deve ser sempre a consciência viva dos problemas sociais.

Chauí (2003, p. 252) atribui o surgimento da religiosidade ao fato de o ser humano ser “consciente de sua humanidade” decorrente, por sua vez, da descoberta da diferença dos seres humanos entre si e da diferença entre humanos e a natureza. São componentes da religiosidade “a crença em divindades e numa outra vida após a morte” (idem), constituindo, estas duas crenças, o núcleo da religiosidade. Considere o que esta autora afirma: “A percepção da realidade exterior como algo independente da ação humana, de uma ordem externa e de coisas de que podemos nos apossar para o uso ou de que devemos fugir porque são destrutivas, nos conduz à crença em poderes superiores ao humano e à busca de meios para comunicarmos com eles para que sejam propícios à nossa vida humana. Nasce, assim, a crença na(s) divindade(s).”

De acordo com a autora,

  • A. o surgimento da religiosidade decorre da crença em divindades.
  • B. a crença em divindades não nasce nos seres humanos, mas é algo inato neles.
  • C. o que é citado acima dá a entender, pelas palavras da autora que a filosofia não se interessa pelo fato da religiosidade.
  • D. a crença em uma vida futura é algo fora de propósito, diz a autora.
  • E. são componentes constitutivos da religiosidade a crença em divindades e em uma outra vida futura.

Qual é o filósofo autor desse conceito sobre liberdade?

  • A. Aristóteles, em Ética para Nicômaco.
  • B. Jean-Paul Sartre, em O Ser e o Nada.
  • C. Immanuel Kant, em Crítica da Razão Prática.
  • D. John Locke, em Ensaio acerca do Entendimento Humano.
  • E. Georg Wilhelm Hegel, em Princípios da Filosofia do Direito.

Há várias formas de conhecimento (senso comum, ciência, filosofia, artes, religião) que revelam maneiras diversas da consciência humana relacionar-se com o mundo, diz Chauí (2003, p. 268). E acrescenta que não há oposição e nem exclusão entre elas, mas diferença. Há oposição, diz ainda, quando a consciência, estando a analisar o mundo através de significações e práticas de uma destas formas, pretende realizar a análise de mundo utilizando práticas e significações, próprias de uma forma de conhecimento, através de outra forma de conhecimento. Isso gera oposição e conflito entre elas, como ocorre com frequência entre filosofia e religião. Considere as afirmações abaixo.

I. As únicas formas de conhecimento válidas são a ciência e a filosofia.

II. Religião é uma forma de conhecimento.

III. Cada forma de conhecimento tem significações e práticas próprias cabíveis em maneiras peculiares de a consciência se relacionar com a realidade.

IV. Em qualquer que seja a forma de conhecimento, é indiferente o uso de significações e práticas para as análises que a consciência pretenda realizar sobre a realidade.

V. O não respeito às significações e práticas a serem utilizadas para a análise e relacionamento da consciência sobre e com o mundo gera oposição e conflito entre as formas de produção destas análises, como é o que ocorre, no caso, entre filosofia e religião.

Está correto o que se afirma APENAS em

  • A. I, II e V.
  • B. III e IV.
  • C. I, II e IV.
  • D. II, III e V.
  • E. IV e V.

Karl Popper filósofo austríaco, no início sofreu influência do Círculo de Viena, mas depois passou a criticar a posição desses filósofos. Para Popper na pesquisa científica, não há observação pura porque está já se encontra orientada por uma teoria prévia, ainda que incipiente. Assim, toda observação científica supõe uma atividade seletiva dos fenômenos que serão investigados. Por este motivo, propõe a crítica da teoria por meio de um princípio.

O princípio a que toda hipótese deve submeter-se, segundo Popper, é o

  • A. da falseabilidade ou da refutabilidade.
  • B. do terceiro excluído ou da exclusividade.
  • C. recursivo ou da linearidade.
  • D. paradigmático ou positividade.
  • E. empírico-formas ou logicidade.

Secularização, de modo geral, pode ser entendida como processos de dessacralização de algo como um lugar, um objeto, um compromisso e mesmo uma sociedade. É um termo utilizado mais frequentemente para indicar a dessacralização de uma sociedade, ou seja, o processo pelo qual sociedades passam, deixando de ser orientadas ou mesmo dominadas por referenciais religiosos. A palavra século, no âmbito deste tema significa o mundo natural em oposição ao mundo sobrenatural ou mundo sagrado. Assumir uma orientação secular pode significar rejeitar orientações advindas de fontes consideradas originárias do sagrado, do sobrenatural, do religioso. Fala-se, nesse caso, de dessacralização do mundo: isso seria a secularização. Uma autonomia do homem, da sociedade e do mundo em relação ao sagrado, predominando, em muitos casos, uma visão racional na qual o sobrenatural e o misterioso não contam ou contam muito pouco. Considere:

I. No processo de secularização, o sagrado perde sua importância.

II. No processo de secularização, o tempo é medido por séculos ao invés de tempos menores devido à rapidez cada vez maior das ações dos seres humanos.

III. O termo secular tem a ver com oposição ao religioso, ao sagrado, ao misterioso.

IV. Secular é o ser que tem total autonomia em relação a tudo.

V. Secular, no contexto do texto do enunciado, indica algo desvinculado da influência de religiões ou de referências sagradas.

Está correto o que se afirma APENAS em

  • A. I, IV e V.
  • B. I, III e V.
  • C. III, IV e V.
  • D. II e IV.
  • E. II, III e IV.

Diversos estudiosos de metodologia de ensino de filosofia insistem na necessidade de não apenas oferecer informações filosóficas aos alunos, mas também, em buscar, nas aulas de filosofia, desenvolver neles algumas características próprias do filosofar. Alguns destes estudiosos reportam-se a uma fala de Kant posta desta forma: não se deve ensinar filosofia e sim a filosofar. Lídia M. Rodrigo (2009) diz algo a respeito: “Retoma-se, assim, a perspectiva posta pelos PCN sobre o ensino de filosofia, ao propor que a aquisição de um conteúdo filosófico esteja vinculada à apropriação de um método de acesso a esse conhecimento”. Ao se referir a alguns estudiosos, diz ela que eles apontam três aspectos como “definidores da prática do ensino de filosofia: problematizar, conceituar e argumentar”.

A partir do texto acima, é correto afirmar:

  • A. Não se deve ensinar, nas aulas de filosofia, o pensamento de algum filósofo, mas sim deve-se ensinar a filosofar.
  • B. Aulas de filosofia devem exclusivamente ensinar ou oferecer ajuda aos alunos para que saibam problematizar, conceituar e argumentar.
  • C. Kant era contra o ensino de filosofia.
  • D. Aulas de filosofia devem ser exercícios de filosofar sem preocupação com qualquer conteúdo especificamente filosófico, visto que o que interessa é que o aluno saiba perguntar, problematizar e argumentar.
  • E. No ensino de filosofia, segundo certa maneira de pensá-lo por parte de alguns estudiosos, deve-se aliar ao estudo de certos conteúdos, a busca de desenvolvimento, nos alunos, de aspectos que caracterizam o filosofar.

A partir do texto acima, é correto afirmar:

  • A. Que a única dificuldade encontrada no ensino de filosofia diz respeito à grade curricular.
  • B. Um dos aspectos importantes do trabalho do professor de filosofia no ensino médio insere-se na importância mais ampla da escola de consolidar um projeto democrático de acesso ao saber.
  • C. Pesquisadores e especialistas, na área da filosofia, são unânimes em afirmar a importância do trabalho do professor de filosofia no ensino médio.
  • D. Que são apenas duas as dificuldades encontradas no ensino de filosofia: a formação precária do professor de filosofia para esta função e as carências dos alunos.
  • E. O trabalho do professor de filosofia não é um trabalho simples devido à complexidade da vida dos alunos

Com relação ao desenvolvimento da capacidade de conceituar, em aulas de filosofia, e partindo-se da aceitação da afirmação de que “não há filosofia sem conceito” (Frédéric Cossutta, 2001, p. 41) e de considerações apresentadas por Lídia M. Rodrigo (2009, p. 39 a 63), fica clara a dificuldade da obtenção de resultados positivos nesta empreitada. Até porque, como é dito aí, há duas dificuldades no trabalho com o conceito: a primeira é a da passagem da concretude da experiência à abstração conceptual e a segunda é a da passagem da abstração conceptual às situações singulares da experiência vivida. O texto de Rodrigo apresenta sugestões. Dentre elas a de caminhar gradualmente através de “pontes cognitivas que facilitem a passagem do concreto ao abstrato”. O uso de metáforas, analogias, comparações, exemplificações e outros meios é sugerido, mas com uma ressalva importante: “... é preciso certo cuidado no emprego desses recursos. Eles constituem pontos de apoio para a abstração, não seu substitutivo; um exemplo ou uma analogia, por mais adequados que sejam, não podem ser tomados como equivalentes do próprio conceito”.

Considere:

I. Sem conceitos não há filosofia e nem o filosofar.

II. Em aulas de filosofia, é fundamental o trabalho com o conceito e com a busca de desenvolvimento do processo de conceituar nos alunos.

III. A busca de desenvolvimento do processo de abstrair por parte dos alunos não é um trabalho fácil, mas é fundamental para que aulas de filosofia sejam, de fato, filosóficas.

IV. Há caminhos facilitadores deste desenvolvimento e cabe ao professor de filosofia buscá-los, como a utilização de analogias, comparações, exemplificações e outros.

V. A exemplificação é facilitadora no processo de busca do desenvolvimento da conceituação nos alunos, mas, por si mesma, não basta. Ela é recurso para algo mais que é a produção conceitual.

Está correto o que se afirma em

  • A. I, II, III, IV e V.
  • B. IV e V, apenas.
  • C. II, III e V, apenas.
  • D. I, III e IV, apenas.
  • E. II, IV e V, apenas.
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