Questões de Filosofia da Fundação Carlos Chagas (FCC)

Lista completa de Questões de Filosofia da Fundação Carlos Chagas (FCC) para resolução totalmente grátis. Selecione os assuntos no filtro de questões e comece a resolver exercícios.

A lógica que rege o pensamento científico contemporâneo está centrada na ideia de demonstração e prova, baseada na definição ou construção do objeto do conhecimento por suas propriedades e funções e da posição do sujeito do conhecimento.

O fundamento que NÃO pertence à ciência contemporânea é:

  • A. A distinção entre sujeito e objeto do conhecimento, que permite estabelecer a ideia de objetividade e de independência dos fenômenos em relação ao sujeito que conhece.
  • B. A ideia de método como um conjunto de regras, normas e procedimentos gerais, que servem para definir ou construir o objeto e para autocontrole do pensamento durante a investigação e após esta, para confirmação ou falsificação dos resultados.
  • C. O uso de instrumentos tecnológicos e não simplesmente técnicos. Os instrumentos tecnológicos são ciências cristalizadas em objetos materiais e conferem à ciência precisão e controle dos resultados.
  • D. A fusão entre ciência e técnica, teoria e prática, procedimentos imparciais e garantia de neutralidade científica.
  • E. Criação de uma linguagem específica e própria, distante da linguagem cotidiana e da linguagem literária. A ciência constrói o algoritmo e fala por meio deles ou de uma combinação de estilo matemático.

“ [...] dizem respeito a valores, sentimentos, intenções, decisões e ações referidas ao bem e ao mal, ao desejo de felicidade e ao exercício da liberdade; são constitutivos de nossa existência intersubjetiva, isto é, de nossas relações com outros sujeitos morais”. O que é dito aqui por Chauí, corresponde às ideias de

  • A. juízo de valor e consciência interior.
  • B. senso ético e juízo moral.
  • C. senso moral e a consciência moral.
  • D. consciência crítica e autonomia.
  • E. antropoética e reciprocidade.

O sujeito moral ou a pessoa moral, só pode existir se preencher as condições relacionadas abaixo, EXCETO ser:

  • A. consciente de si e dos outros.
  • B. responsável e reconhecer-se como autor da ação, avaliar as consequências.
  • C. dotado de vontade, de capacidade de controlar e orientar desejos e de deliberar.
  • D. livre, capaz de oferecer-se como causa interna de seus sentimentos, atitudes e ações por não estar submetido a poderes externos.
  • E. capaz de cumprir as regras definidas pelo outro, subordinando-se sempre que necessário.

Segundo Kant o imperativo categórico exprime-se numa fórmula geral: “Age em conformidade apenas com aquela máxima pela qual possas querer ao mesmo tempo que ela se torne lei universal”. Essa fórmula permite a Kant deduzir as três máximas morais que exprimem a incondicionalidade dos atos realizados por dever. Considere as afirmativas:

I. Age de tal maneira que tua ação devesse representar os anseios morais de cada um.

II. Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por vontade em lei universal da natureza.

III. Age como se a máxima de tua ação devesse representar a intenção mais profunda de sua consciência.

IV. Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.

V. Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como meio.

Está correto o que se afirma APENAS em

  • A. II, III e V.
  • B. I, II e IV.
  • C. II, IV e V.
  • D. I, II e V.
  • E. III, IV e V.

Por que o mentir, ser um político corrupto e ou praticar o homicídio, são atos imorais? São atos imorais, segundo Kant, porque:

  • A. o mentiroso, o corrupto e o homicida, com sua ação transgridem lei universal e degeneram definitivamente o gênero humano.
  • B. o mentiroso, o corrupto e o homicida transgridem as três máximas morais: não respeitam em sua pessoa e na do outro a humanidade, não tratam a humanidade como um fim e o que praticam não deve servir de lei universal.
  • C. o mentiroso, o corrupto e o homicida agem sem escrúpulos e de forma egoísta se beneficiam, em detrimento do outro.
  • D. não é imoral por que o mentiroso e o corrupto podem se arrepender e ressarcir a sociedade, mas o ato praticado pelo homicida é definitivo, mesmo que se arrependa, não trará de volta o “de cujus”.
  • E. não é ato imoral apenas quando o mentiroso, o corrupto e o homicida se arrependem do ato praticado, perdem a liberdade e cumprem pena imposta pela sociedade.

Segundo o autor,

  • A. dependendo da opção escolhida para orientar a organização do plano de ensino da disciplina filosofia, o recurso à história da filosofia pode ser dispensado.
  • B. a melhor maneira de se organizar um plano de ensino de filosofia é a de tomar a história da filosofia como centro do trabalho em sala de aula.
  • C. seja qual for a orientação escolhida, dentre as duas postas pelo autor, a presença da produção filosófica já realizada historicamente, é fundamental no ensino de filosofia.
  • D. aulas de filosofia devem promover o “livre pensar” e, isto, não requer nenhum acesso às produções filosóficas ao longo da história.
  • E. compete ao professor de filosofia definir com seus alunos a temática da aula de filosofia, sem levar em conta as duas orientações colocadas.

Considere o texto e as afirmativas abaixo.

Está correto o que se afirma APENAS em

  • A. IV e V.
  • B. I, II e V.
  • C. III e V.
  • D. I e III.
  • E. II e IV.

Com relação a se ter uma organização do plano de ensino de filosofia para o ensino médio ou centrado na história da filosofia, ou tendo como foco temas a serem, de alguma maneira, definidos pelo professor, Lídia Maria Rodrigo afirma que “não é obrigatória a opção por uma dessas alternativas, havendo possibilidade de mesclá-las em um programa composto por uma parte histórica e outra temática”. (2009, p. 53). Pensando assim ela diz ser favorável à organização do plano de ensino de filosofia que tenha a história da filosofia não como centro e sim como referencial.

Tomando por base suas afirmações, pode-se dizer que esta autora:

  • A. descarta totalmente a presença da produção dos filósofos ocorrida ao longo da história.
  • B. afirma ser a opção por se organizar a programação do ensino de filosofia no ensino médio aquela que tenha unicamente por base as temáticas filosóficas.
  • C. propõe uma organização do plano de ensino de filosofia que não descarta a história da filosofia e sim que a tenha como referencial.
  • D. indica que o professor jamais poderia ter com alternativa organizar seu plano de ensino de filosofia tendo como centro a história da filosofia.
  • E. sugere que a história da filosofia seja o referencial para os temas a serem trabalhados nas salas de filosofia.

Partindo do pressuposto que cabe ao professor de filosofia definir a temática filosófica com a qual trabalhará com os alunos, uma pergunta que se coloca é a seguinte: como desencadear o processamento da aula? Lídia Maria Rodrigo (2009, p. 57) indica o seguinte: “Definido o tema filosófico a ser abordado, pode-se promover uma primeira aproximação, ainda pré-filosófica, empregando recursos e materiais que sejam familiares e do interesse do estudante, como por exemplo, música, poesia, trechos literários, textos de jornal, filmes, etc.” Ao mesmo tempo esta autora afirma que “esse ponto de partida deve ser rapidamente superado, se quisermos ingressar no terreno da filosofia, uma vez que uma postura filosófica implica a ruptura com uma visão comum de mundo”. A partir do que é dito acima, considere as afirmações abaixo.

I. Poesia, literatura, filmes, textos de jornais têm pouco valor na educação por serem expressões do senso-comum, ou de uma visão comum de mundo.

II. Só há uma maneira de fazer ocorrer aulas de filosofia no ensino médio: utilizar recursos relacionados à experiência dos alunos, como os da poesia, da música, dos trechos literários, dos filmes, de textos de jornais, etc.

III. Pontos de partida não são pontos de chegada. São iniciadores de uma caminhada que, no caso da caminhada em direção a uma formação filosófica de estudantes do ensino médio, devem ser superados com o alcance do ponto de chegada que é a superação de uma visão comum de mundo.

IV. Filmes, músicas, poesias ou quaisquer outras formas literárias não devem ser utilizadas como conteúdos em aulas de filosofia no ensino médio.

V. Os recursos mencionados no enunciado desta questão, familiares e do interesse dos alunos, podem ser utilizados com proveito como desencadeadores do processo reflexivo e crítico do filosofar que se deseja instaurar nas aulas de filosofia com o objetivo de promover a ruptura ou superação da maneira de pensar, própria do senso comum, relativa aos temas filosóficos.

Está correto o que se afirma APENAS em:

  • A. I e IV.
  • B. II e V.
  • C. II, IV e V.
  • D. III e V.
  • E. I e III.

Alejandro Cerletti, em O ensino de filosofia como problema filosófico (2009) apresenta, às páginas 31 a 40, a ideia de que o fazer filosofia pode se caracterizar como “repetição criativa” (concordando com outro autor, Alan Badiou) e, ao mesmo tempo, por defender que aulas de filosofia devam ser exercícios do filosofar, mediados pelo professor e dentro das possibilidades dos alunos, diz que, assumindo isso, pode-se dizer que esta ideia deve ser a “condição de nosso ensino” (p. 35). Repetição, no caso, tem a ver com o apresentar os problemas postos pela tradição filosófica e as soluções dadas a elas; criação tem a ver com o atualizar estes problemas para a realidade de cada contexto no qual os alunos e o professor estão inseridos. A repetição ele a denomina de “dimensão objetiva” e a criação de “dimensão subjetiva”. Diz, também, que tradicionalmente o ensino de filosofia se esgotou na dimensão objetiva (repetição do já produzido). Indica superar isso mantendo a repetição com a atualização criativa dos problemas e das soluções, sempre provisórias.

Segundo o texto,

  • A. repetir criativamente, no ensino de filosofia, consiste em oferecer aos alunos acesso a textos dos filósofos, auxiliá-los na identificação de aproximações entre a sua realidade e os problemas que nela os afetam e o pensamento dos filósofos e, ainda, auxiliá-los a pensar filosoficamente, de uma maneira própria, sua realidade e seus problemas.
  • B. o que importa verdadeiramente num ensino de filosofia que atenda às necessidades dos alunos é fazê-los pensar a partir dos seus problemas, sem necessidade de cotejá-los com os problemas presentes na história do pensamento humano.
  • C. o autor citado afirma que o ensino tradicional de filosofia foi totalmente inócuo.
  • D. oferecer aos alunos acesso a produções dos filósofos realizadas ao longo da história do pensamento humano auxiliando os na compreensão delas é algo não recomendável num ensino de filosofia contemporâneo.
  • E. repetir criativamente, no ensino de filosofia, significa ter acesso a textos dos filósofos para que, apenas por eles mesmos, os alunos identifiquem relações com os problemas de sua realidade.
Provas e Concursos

O Provas e Concursos é um banco de dados de questões de concursos públicos organizadas por matéria, assunto, ano, banca organizadora, etc

{TITLE}

{CONTENT}

{TITLE}

{CONTENT}
Provas e Concursos
0%
Aguarde, enviando solicitação!

Aguarde, enviando solicitação...