Segundo Hirigoyen (2002, p. 17), o assédio moral no trabalho é definido como qualquer conduta abusiva (gesto,  palavra, comportamento, atitude...) que atente, por sua repetição ou sistematização, contra a dignidade ou  integridade psíquica ou física de uma pessoa, ameaçando seu emprego ou degradando o clima de trabalho. Sobre o  assunto, é INCORRETO afirmar que:
						
						-                              A.                                                  Somente na última década do século XX foram usados os termos bullying (Adams, 1992) e mobbing (Leymann, 1990) para  descrever o fenômeno da agressão de forma repetitiva no local de trabalho.
-                              B.                                                  Trata-se, portanto, da exposição do trabalhador a situações de constrangimento e humilhações, feitas de  maneira repetitiva e prolongada durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções.
-                              C.                                                  Freitas (2001) registra que o assédio moral está ligado ao esforço repetitivo de desqualificação de uma pessoa por  outra. As agressões cotidianas levam a um processo inconsciente de destruição psicológica constituído de  procedimentos hostis, evidentes ou escondidos, de um ou vários indivíduos sobre o outro, na forma de palavras  insignificantes, alusões, sugestões e não ditos, que podem desestabilizar alguém ou mesmo destrui-lo, sem que os  que o cercam intervenham.
-                              D.                                                  As diferentes formas de poder são possíveis fontes para um desequilíbrio das relações de poder, mas o assédio  moral no trabalho é limitado à agressão vertical de supervisores sobre subordinados. O desequilíbrio nas relações  de poder não pode ser consequência de outras características individuais, situacionais ou sociais, ou seja, as  diferenças nas relações de poder requeridas para o assédio moral no trabalho também podem ocorrer entre pares e,  em alguns casos, alguns subordinados, especialmente agindo dentro de um grupo, podem assediar um supervisor  (Cleveland; Kerst, 1993).