VISÕES DA NOITE
 Passai, tristes fantasmas! O que é feito
 Das mulheres que amei, gentis e puras,
 Umas devoram negras amarguras,
 Repousam outras em marmóreo leito!
 Outras no encalço de fatal proveito
 Buscam à noite as saturnais escuras,
 Onde empenhando as murchas formosuras
 Ao demônio do ouro rendem preito!
 Todas sem mais amor! Sem mais paixões!
 Mais uma fibra trêmula e sentida!
 Mais um leve calor nos corações!
 Pálidas sombras de ilusão perdida,
 Minhalma está deserta de emoções,
 Passai, passai, não me poupeis a vida!
 (Autor: Fagundes Varella)