Questões de Línguas Outras da Instituto Federal do Ceará (IFCE / CEFET CE)

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Sobre o oralismo, a comunicação total e o bilinguismo, é correto afirmar-se que

  • A. para Marta Ciccone (1996), a Comunicação Total não é uma filosofia Educacional que se preocupa com ideias paternalistas, mas uma proposta de valorização de abordagens alternativas que possam permitir ao surdo trocar ideias e exprimir sentimentos desde sua mais tenra idade.
  • B. na Antiguidade e na Idade Média, a abordagem oralista exercia forte influência na educação dos surdos, que eram obrigados a aprender a falar para poderem ter acesso aos direitos civis comuns a outros cidadãos.
  • C. a comunicação total surge, nos EUA, nos anos de 1950, e, no Brasil, na década de 1980.
  • D. para Skliar (1999), a educação bilíngue é uma “neometodologia”.
  • E. para Skliar (1999), a educação bilíngue não deve focar nos mecanismos e nas relações de poder e conhecimento, dentro ou fora da proposta pedagógica, pois a questão principal são as estratégias de ensino.

Sobre identidade e identidades surdas, é correto afirmar-se que

  • A. identidade e cultura são conceitos equivalentes, por isso falar em cultura surda é o mesmo que falar de identidade surda.
  • B. para Perlin (1998), as identidades surdas “híbridas” dizem respeito aos surdos que nasceram ouvintes e, com o tempo, se tornaram surdos.
  • C. a partir do conceito pós-moderno de identidade, é possível afirmar que há uma única identidade surda.
  • D. para o pós-estruturalismo, a identidade é construída a partir da diferença, portanto, para a formação de uma identidade surda, o mais importante é que os surdos convivam com pessoas diferentes deles, como os ouvintes.
  • E. as identidades surdas de “transição” referem-se aos surdos que tentam reproduzir as identidades ouvintes, pois as consideram superiores.

Sobre cultura e cultura surda, é correto afirmar-se que

  • A. a cultura surda é uma construção do POVO surdo. Sobre POVO surdo, entende-se que são os sujeitos surdos que habitam um mesmo local, que compartilham as mesmas peculiaridades, ou seja, constroem sua formação da língua de sinais.
  • B. os surdos não partilham da cultura ouvinte, pelo fato de não escutarem, por isso vivem isolados e incomunicáveis.
  • C. a experiência visual do surdo é um artefato cultural e está presente na vida de todos os surdos, exceto nos surdos oralizados.
  • D. para Strobel (2008), os artefatos mais relevantes, na cultura surda, são a experiência visual, a língua de sinais, a família, a literatura surda, a vida social e esportiva, as artes visuais, a política e os artefatos materiais.
  • E. o vocábulo “cultura” vem do latim, colere, significando originalmente “cultivo de plantas”. Essa origem etimológica explica a estreita relação entre natureza e cultura nos significados atuais atribuídos ao termo.

Harlan Lane (1992), na obra “Máscara da Benevolência: a comunidade surda amordaçada”, discorre sobre as representações sobre o surdo e a surdez. Sobre o posicionamento do autor nessa obra, é correto afirmar-se que

  • A. muitos ouvintes compreendem que o surdo deve comporta-se como um ouvinte, portanto deve aprender a falar. Essa concepção é definida como Audismo.
  • B. o autor encontrou, na literatura científica, muitas adjetivações negativas atribuídas ao surdo, como “bárbaro”, “traiçoeiro”, “malandro” e “servil”.
  • C. a relação entre surdos e profissionais ouvintes, incluindo entre esses profissionais também tradutores-intérpretes de língua de sinais, vem sendo marcada por uma ação paternalista.
  • D. o autor acredita que as adjetivações dadas pelos profissionais ouvintes aos surdos, como “imaturo” e “impulsivo”, são explicadas exclusivamente pelas situações de privação linguística e educacional a que os surdos foram submetidos.
  • E. a despeito das adjetivações negativas, o autor também encontra, na literatura científica, comparação entre os surdos e os povos africanos, identificando, em ambos os grupos, força, determinação e capacidade de luta.

Owen Wrigley (1996) afirma que a “Surdez é um tema de epistemologia e não de audiologia”. Sobre essa afirmação, é correto dizer-se que

  • A. contraria o que propõe os Estudos Culturais.
  • B. ao usar o termo “Epistemologia”, o autor refere-se à epistemologia genética, proposta por Piaget, ou seja, trata-se de um conhecimento que não é inato, mas construído pelo indivíduo a partir de suas interações com o meio.
  • C. a surdez é uma construção social explicada pelas relações entre conhecimento e poder, ou seja, os grupos culturais que têm mais poder determinam os significados que predominam socialmente.
  • D. a surdez é um tema de epistemologia, pois se trata de um conhecimento científico, e não de senso comum.
  • E. para compreender a afirmativa do autor, seria preciso recorrer à metafísica, à lógica e à filosofia da ciência.

Sobre participação de personalidades na educação de surdos, é correto afirmar-se que

  • A. Alexander G. Bell defendeu, fervorosamente, a oralização do surdo, o monolinguismo, a exclusão da língua de sinais e o afastamento do surdo dos espaços de convivência com outros surdos. A radicalidade do seu posicionamento diminuiu, entretanto, após ele se casar com uma jovem surda, Mabel.
  • B. o monge beneditino Ponce de Leon dedicou-se a educar surdos na Espanha, predominantemente filhos de nobres, mas também, em menor escala, surdos de classes sociais mais baixas.
  • C. entre os principais educadores da Idade Moderna, estão Juan Pablo Bonet, Rodrigues Pereire, J. Conrad Amman e Thomas Braidwood, que acreditavam que a fala/oralidade e a escrita deveriam ser as únicas ferramentas para educar os surdos.
  • D. a iniciativa para a criação da 1ª escola para surdos, nos EUA, surgiu do reverendo Thomas Gallaudet, que, por ter uma filha surda, Alice, viajou para a Europa em 1755, em busca de um professor que o ajudasse a fundar a escola em Hartford.
  • E. o médico italiano Girolamo Cardamo, no século XVI, foi um dos primeiros a se pronunciar quanto à necessidade e à capacidade do surdo de receber instrução.

Um importante acontecimento, na história mundial da educação dos surdos, foi o Congresso de Milão. Sobre ele, é correto afirmar-se que

  • A. a França, apesar da tradição gestualista, assume um papel importante no Congresso de Milão, em defesa da oralização dos surdos. De fato, desde 1866, a França determinou que todas as crianças surdas frequentassem escolas comuns, onde seriam educadas com ênfase na oralidade e na escrita.
  • B. 10 anos antes do Congresso de Milão, ocorrido em 1880, na Itália, aconteceu, em Paris, um congresso semelhante intitulado “Ameliorametion du sort des sourmuets”, cujo objetivo era discutir a educação de surdos e conseguir um pronunciamento favorável ao oralismo.
  • C. participaram do Congresso de Milão, aproximadamente, 180 educadores de surdos da Europa e dos Estados Unidos. Dentre eles, havia uma minoria de aproximadamente 40 profissionais surdos que votaram contra a escolha do método oral.
  • D. para Skliar (1997), a principal motivação, para a defesa da implementação do método oral nas escolas para surdos, foi decorrente de influências religiosas, pois o aprendizado da fala permitiria que os surdos pudessem realizar a confissão.
  • E. Portugal participou ativamente do Congresso de Milão e votou favorável ao oralismo, pois acreditava na necessidade de unidade linguística no país.
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