Questões sobre Neuropediatria

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Admite-se que, a partir dos 7 anos de idade, as crianças passam a apresentar semiologia das crises epilépticas do lobo temporal semelhante àquela observada nos adultos. O que NÃO é um sintoma deste tipo de crise?

  • A. Desvio oculocefálico.
  • B. Automatismo motor.
  • C. Hemiparestesia.
  • D. Automatismo de cuspir.
  • E. Aura olfativa.

Sobre a acromegalia, marque a opção INCORRETA.

  • A. O paciente deve ser submetido a um exame de imagem da sela túrcica, ressonância magnética (RM), preferencialmente, ou tomografia computadorizada (TC) para identificação e caracterização do adenoma hipofisário quanto ao seu tamanho (micro ou macroadenoma), aspecto (sólido, cístico ou heterogêneo), expansão/invasão extrasselar (supra, infra e parasselar) e relação com as estruturas adjacentes à sela túrcica (quiasma óptico e seios cavernosos) apenas após a confirmação do diagnóstico clínico e laboratorial da acromegalia. Esses dados são de extrema valia, pois são preditores de chance de cura ao tratamento cirúrgico e podem orientar a melhor opção terapêutica.
  • B. Um sintoma comum é a cefaleia e pode estar relacionada ao estiramento da dura-máter ou à compressão do nervo trigêmeo. A campimetria visual, de preferência manual, pelo método de Goldmann, é indicada para todos os pacientes com macroadenoma com expansão suprasselar por déficit visual, especialmente hemianopsia bitemporal por compressão do quiasma óptico. Expansão parasselar (invasão do seio cavernoso) pode comprometer os pares de nervos cranianos oculomotor, troclear, trigêmeo e abducente, determinando quadro clínico variável, dependendo do(s) nervo(s) acometido(s). Expansão infrasselar pode causar fístula liquórica devido à erosão do assoalho selar, levando a um quadro de rinoliquorreia, e pode ser complicada com meningite.
  • C. Outras consequências do efeito de massa pelo tumor incluem hipopituitarismo (por compressão da adenoipófise normal e/ou da haste hipofisária), hiperprolactinemia (neste caso, por compressão da haste) e, mais raramente, hidrocefalia (compressão do terceiro ventrículo). Em pacientes com acromegalia secundária, à secreção de GHRH, a RM de sela túrcica pode revelar hipófise normal ou difusamente aumentada que pode ser erroneamente diagnosticada como macroadenoma.
  • D. A cirurgia transesfenoidal pode ser o tratamento primário de escolha para acromegalia com emprego frequente da abordagem transcraniana. Para um bom resultado do tratamento cirúrgico, é fundamental a experiência do neurocirurgião e também depende do nível pré-operatório de GH e do tamanho e do grau de expansão extrasselar tumoral, pois pacientes com níveis muito elevados de GH e com tumores com invasão parasselar apresentam baixa chance de cura.
  • E. Como cerca de 80% dos pacientes apresentam macroadenoma (> 10 mm) ao diagnóstico, não são infrequentes queixas relacionadas ao efeito de compressão do tumor sobre as estruturas vizinhas à região selar, uma vez que pode haver expansão suprasselar (cisterna suprasselar, quiasma óptico, hipotálamo e terceiro ventrículo), infrasselar (seio esfenoidal) e parasselar (seio cavernoso/pares cranianos).

Sobre distúrbios do sono em crianças e adolescentes, marque a alternativa CORRETA.

  • A. O sonambulismo, uma parasonia dramática, afeta mais de 10% da população pediátrica e inicia-se com 1 ano de idade. As crianças podem chegar a se sentar, urinar, comer e até a sair de casa durante o sono. Na polissonografia destas crianças, é possível visualizar uma ascensão dos estágios profundos do sono, o 1 e o 4.
  • B. Mioclonia neonatal do sono inicia-se ao nascimento e atinge seu pico nos primeiros 2 meses de vida. Os movimentos neonatais, especialmente os de perna, podem provocar muitas preocupações nos pais que temem que sejam sinal de convulsão, mas se diferenciam das convulsões por causa do seu padrão consistente de ocorrência apenas no sono. Por vezes, um EEG pode ser necessário para realizar o diagnóstico. Crianças mais velhas com mioclonia do sono experimentam a sensação de queda abrupta seguida por mioclonia e ascensão.
  • C. A enurese noturna é uma das maiores preocupações levadas ao consultório. Aos 6 anos, cerca de 1/3 das crianças sofrem de enurese; aos 10 anos, este número diminui para 10% e segue diminuindo à medida que as crianças crescem. Garotas são mais afetados pela enurese do que garotos e a enurese pode se suceder em qualquer fase do sono, contudo, crianças com enurese têm maior risco para parasonias como sonambulismo ou terrores noturnos. Os fatores genéticos são pouco influentes no risco para enurese, pois infecções crônicas do trato urinário, infecções em geral e neurológicas anormais são responsáveis pela maioria dos casos de enurese.
  • D. Parasonias são pouco comuns em crianças. Bruxismo, mioclonia noturna, apenas, precisam de acompanhamento, mas outros, como sonambulismo, podem precisar de terapia medicamentosa e comportamental.
  • E. Entre 2% a 10% das crianças roncam, o que acontece em crianças com hipertrofia adenotonsillar, asma e exposição secundária ao tabagismo, mas não mantém relação com a apneia obstrutiva do sono que pode incorrer em hipsemia, hipercapnia e acordares frequentes noturno. Se muito grave, estas crianças devem usar CPAP ou BIPAP.
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