Questões de Veterinária do ano 2017

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A displasia coxofemoral é o desenvolvimento anormal da articulação do quadril caracterizado por subluxação ou luxação completa da cabeça do fêmur em pacientes jovens e por uma doença articular degenerativa leve a grave nos pacientes idosos. Em relação ao tratamento cirúrgico desta afecção, assinale a opção CORRETA.

  • A. A sinfisiodese púbica juvenil pode ser realizada par alterar o crescimento da pelve e o grau de dorsoversão do acetábulo em animais com até 5 meses de idade. A maioria dos filhotes nesta idade não apresentam sinais clínicos de displasia coxofemoral, portanto, a escolha dos animais que podem ser candidatos ao procedimento depende de radiografias de triagem da articulação na projeção ventrodorsal padrão.
  • B. A osteotomia dupla da pelve exige que se faça uma osteotomia através do corpo do ílio e ísquio, já a osteotomia tripla da pelve exige uma osteotomia adicional no púbis. Em ambos os casos é aplicada uma placa óssea no corpo do ílio para estabilização. Estas técnicas são úteis nos pacientes jovens, para rotacionar axialmente e lateralizar o acetábulo, em uma tentativa de aumentar o revestimento dorsal da cabeça do fêmur.
  • C. A osteotomia intertrocantérica envolve a remoção de um coxim intertrocantérico com base lateral, que permite que o ângulo de inclinação seja aumentado, fazendo com que o a cabeça femoral seja dirigida para o interior do acetábulo.
  • D. A excisão da cabeça e colo do fêmur limita o contato ósseo entre a cabeça do fêmur e o acetábulo, permitindo a formação de uma pseudoarticulação fibrosa. Os instrumentos preferidos para a osteotomia são osteótomos ou serras oscilantes e a osteotomia pode incluir ou não o trocanter menor.
  • E. A substituição total do quadril é um procedimento bastante avançado e deve ser realizado por cirurgiões experientes, treinados para esta técnica. Tradicionalmente a técnica é realizada mais precocemente possível, devido à precocidade da implantação diminuir a necessidade potencial de revisão ou substituição da prótese de quadril original.

Em relação ao tratamento das fraturas em pequenos animais, assinale a opção CORRETA.

  • A. Nas fraturas em Y ou em T do cotovelo, a fratura interconcondilar é acompanhada por uma fratura transversa, oblíqua ou cominutiva através das cristas epicondiloides medial e lateral. Redução aberta é sempre necessária para alinhamento preciso da fratura intercondilar. Uma via de acesso combinada medial e lateral ao côndilo umeral, uma osteotomia do olécrano, da ulna ou tenotomia do tríceps braquial podem ser usadas para expor a fratura. As fraturas intercondilares devem ser estabilizadas com parafusos de aposição e radiografias pós-operatórias são realizadas para avaliar a redução e posicionamento dos implantes.
  • B. Nas fraturas radiais, uma placa de compressão pode ser utilizada para estabilizar fraturas transversas da diáfise e podem ser aplicadas à superfície cranial e medial do osso. Uma placa em T pode ser utilizada para estabilizar as fraturas radiais distais onde um pequeno fragmento ósseo distal está presente. Fraturas oblíquas longas podem ser estabilizadas com parafusos compressivos e uma placa de neutralização, já as fraturas diafisárias radiais cominutivas não redutíveis podem ser tratadas com uma placa em ponte, onde suporte adicional pode ser ganho suportando-se a ulna com um pino intramedular.
  • C. A estabilização de uma fratura transversa ou obliqua curta do fêmur exige suporte rotacional e flexor e axial. Isso pode ser realizado com placas, hastes bloqueadas, fixadores externos ou dois pinos intramedulares.
  • D. Para colocação de um pino intramedular na tíbia, o pino é inserido de forma normógrada através da pele na área lateral da tíbia proximal de tal modo que ele penetre o osso em um ponto médio entre a tuberosidade da tíbia e o côndilo tibial lateral na crista lateral do platô tibial.
  • E. Cães com fraturas acetabulares reparáveis devem ser candidatos à ostectomia da cabeça e colo femoral, pois o contorno acurado da placa é importante para manter a redução anatômica. No entanto, conforme os parafusos são apertados, o osso desloca-se para ficar compatível com a placa, rompendo a redução anatômica e predispondo ao desenvolvimento de doença articular degenerativa.

O desenvolvimento de um plano adequado para o tratamento de fraturas envolve primeiramente a definição do escore de avaliação de fratura e a escolha do sistema de implante adequado. Os implantes escolhidos devem combater as forças que agem no osso fraturado, incluindo cargas axiais, de dobramento e de torção. Em relação aos implantes disponíveis para tratamento de fraturas em cães e gatos, assinale a opção CORRETA.

  • A. Na fixação esquelética externa, o aumento no diâmetro do pino aumenta exponencialmente sua rigidez. Aumentar o número de pinos de fixação nos fragmentos proximais e distais principais aumenta a rigidez do fixador e melhora a distribuição das cargas fisiológicas entre os pinos. Isto é verdadeiro para ate três pinos por fragmento proximal e distal principais. Além desse número, o aumento na vantagem mecânica é insignificante.
  • B. Um pino intramedular pode ser inserido de forma normógrada ou retrógrada para o posicionamento no fêmur e úmero canino. Na tíbia, deve ser inserido de forma retrógrada para prevenir lesões ao joelho.
  • C. As hastes bloqueadas são inseridas no canal medular e presa com parafusos cruzados através dos segmentos proximais e distais da fratura. Resistem a todas as forças atuantes na fratura. O pino proporciona apoio contra dobramento, enquanto os parafusos protegem contra a carga axial e rotacional. A haste bloqueada é usada primariamente em fraturas médio-diafisárias umerais e femorais, sendo contraindicadas para as tibiais e radiais.
  • D. O fio de cerclagem é utilizado para proporcionar estabilidade às fraturas oblíquas longas ou espirais anatomicamente reconstruídas. Para atuar como estabilizador, o fio de cercarem deve gerar compressão interfragmentária suficiente entre as superfícies para prevenir a movimentação dos fragmentos. Para atingir essa compressão, o comprimento da linha de fratura deve ser três a quatro vezes o diâmetro do osso, deve haver no máximo uma linha de fratura e a fratura deve ser anatomicamente reduzida.
  • E. Um parafuso de compressão funciona como um compressor da linha de fratura entre dois fragmentos. Ele pode ser inserido através de um orifício de placa ou diretamente no osso. A posição do parafuso compressivo é perpendicular à linha de fratura. Para sua inserção, a perfuração no córtex próximo deve ser um orifício de deslizamento, já o orifício do córtex distante deve ser um orifício rosqueado.

A fixação de fraturas com placas e parafusos ósseos é um método popular de estabilização de fraturas, pois oferecem um método versátil de estabilização de fratura que podem ser utilizadas em praticamente qualquer fratura de ossos longos. Em relação aos tipos de placas ósseas, assinale a opção INCORRETA.

  • A. A placa de compressão dinâmica é utilizada para gerar compressão axial na fratura. Para atingir essa função, é importante contornar a placa apropriadamente em relação a superfície óssea. No entanto, deve-se moldá-la de modo que a placa permaneça ligeiramente deslocada (1 a 2 mm) da superfície óssea na linha de fratura.
  • B. Para a utilização das placas de neutralização, inicialmente deve-se reduzir e estabilizar a fratura com parafusos de compressão ou fios de cerclagem. Em seguida, a placa de neutralização é aplicada para neutralizar as forças que poderiam atuar para colapsar a fratura.
  • C. A placa em ponte funciona como uma tala para manter o alinhamento espacial do osso durante a cicatrização. Todas as cargas aplicadas serão suportadas pela placa e os parafusos durante o período pós- operatório, resultando em maior estresse nos parafusos ósseos do que com as placas de compressão ou neutralização, em que as cargas aplicadas são compartilhadas com o osso.
  • D. A placa de suporte é aplicada para escorar uma fratura metafisária ou proteger um reparo com parafuso de uma fratura fragmentar intra-articular. A placa de suporte atua para prevenir o colapso da superfície articular adjacente.
  • E. Nas placas bloqueadas, se todos os parafusos de bloqueio forem utilizados, a placa não precisa conformar completamente o osso. O alinhamento deve estar correto antes de fixar a placa, pois os parafusos de bloqueio segurarão o osso naquela posição. Se forem utilizados uma combinação de parafusos padrão e de bloqueio, a placa deve ajustar-se ao osso e os parafusos bloqueados devem ser aplicados primeiro, a fim de manter o osso alinhado com a placa.

A ruptura do ligamento cruzado cranial é uma das afecções mais comuns que afeta o joelho canino e resulta no desenvolvimento de osteoartrite. A terapia cirúrgica é dividida entre as técnicas de reconstrução intra e extracapsular, osteotomias corretivas ou reparo primário com acréscimos. Em relação ao tratamento cirúrgico desta afecção, assinale a opção CORRETA.

  • A. A reconstrução intracapsular consiste em passar um tecido autógeno, material sintético ou aloenxertos através de orifícios criados no fêmur, na tíbia ou em ambos. O material usado com maior frequência é a fáscia lata autógena. A principal desvantagem das técnicas intracapsulares é que são as que pior mimetizam a posição original e a biologia do ligamento cruzado cranial.
  • B. A reconstrução extracapsular envolve a inserção de suturas fora da articulação ou o redirecionamento do ligamento colateral lateral. A localização da origem e da inserção da sutura extracapsular pode exercer efeito significativo na isometria articular afetando o grau de movimentação de gaveta em toda a amplitude normal do movimento da articulação do joelho. Os materiais utilizados nas suturas extracapsulares incluem monofilamento de náilon ou sutura ortopédica entrelaçada.
  • C. A Osteotomia de Nivelamento do Platô Tibial (TPLO) altera a mecânica do joelho, atingindo a estabilização pela contenção ativa da articulação. O objetivo da cirurgia de TPLO é atingir o nivelamento do platô tibial (em até 1 a 2 graus) em que a compressão tibial possa ser controlada de forma eficaz pelo ligamento cruzado caudal e pela contenção ativa do joelho (grupo muscular do quadríceps).
  • D. O Avanço da Tuberosidade da tíbia (TTA) envolve uma osteotomia da porção de sustentação do peso da tíbia. O ligamento patelar é alinhado perpendicularmente à tangente comum da articulação femorotibial, eliminando o avanço cranial da tíbia.
  • E. A técnica de adiantamento da cabeça da fíbula avança a inserção do ligamento patelar lateral, prevenindo o movimento de gaveta cranial e a rotação lateral da tíbia. Este procedimento pode ser realizado isoladamente ou em combinação com outras técnicas de estabilização.

O tórax instável ocorre quando várias costelas nos dois lados do ponto de impacto são fraturadas, de forma que o segmento fraturado se move paradoxalmente com a respiração. Assinale a opção INCORRETA em relação ao trauma da parede torácica.

  • A. As anormalidades respiratórias podem ser graves e incluem redução da capacidade vital e da capacidade residual funcional, hipoxemia, redução da complacência, aumento da resistência das vias aéreas e aumento no esforço respiratório.
  • B. Todos os animais com trauma da parede torácica devem ser estabilizados com cirurgia. Antibióticos estão indicados nos pacientes com contusão ou hemorragia pulmonar evidente.
  • C. No tórax instável, o segmento de costelas fraturados pode ser imobilizado, inicialmente colocando-se o paciente em decúbito lateral sobre o lado afetado.
  • D. As fraturas de costelas raramente requerem tratamento cirúrgico, porém, fraturas múltiplas podem causar um defeito na continuidade da parede torácica, que demanda um reparo cirúrgico.
  • E. Para estabilizar o tórax instável, pode-se prender as costelas afetadas a uma tala plástica colocando fios de sutura em torno das costelas afetadas e através dos orifícios da tala.

A luxação coxofemoral é o deslocamento traumático da cabeça do fêmur do acetábulo. Em relação a esta enfermidade, assinale a opção CORRETA.

  • A. A luxação do quadril leva a uma discrepância no comprimento nos membros. As luxações ventrocaudais fazem com que o membro afetado esteja mais curto que o membro normal, enquanto o oposto é verdadeiro para as luxações dorsais.
  • B. Geralmente a luxação coxofemoral resulta no deslocamento ventrocaudal do fêmur em relação ao acetábulo. Os deslocamentos craniodorsais ocorrem com menor frequência.
  • C. A articulação coxofemoral deve ser explorada para a avaliação das lesões aos tecidos moles e da probabilidade de manutenção da redução por um procedimento reconstrutor. Se não houver probabilidade razoável da manutenção da redução em longo prazo após um procedimento de estabilização, um procedimento alternativo deverá ser considerado, como a redução fechada e reconstrução capsular por meio de capsulorrafia.
  • D. Na sutura de fixação (sutura pré-articular ou iliofemoral), é usado um acesso craniolateral à articulação coxofemoral. É realizada a sutura da cápsula articular e realizados orifícios através da parte caudoventral do corpo do ílio, cranialmente ao acetábulo, e no trocanter maior. A sutura de fixação é passada através desses orifícios e amarrada, enquanto a articulação coxofemoral é rotacionada caudoventralmente.
  • E. A redução fechada é mais bem realizada dentro das 48h da luxação, mas é contraindicada na presença de complicações, principalmente quando ocorre avulsão da inserção do ligamento redondo, uma vez que a redução fechada deixará o fragmento de osso no espaço articular. Quando realizada a redução fechada, uma tipoia de Ehmer pode ser aplicada para aumentar a segurança.

A hérnia diafragmática ocorre quando a continuidade do diafragma é rompida, de forma que órgãos abdominais podem migrar para o interior da cavidade torácica. Em relação ao tratamento cirúrgico desta afecção, assinale a opção INCORRETA.

  • A. Hérnias diafragmáticas crônicas podem ter uma taxa de mortalidade mais alta do que as hérnias diafragmáticas agudas.
  • B. Na presença de contusões pulmonares, o reparo cirúrgico de hérnias diafragmáticas não deve ser retardado até que a condição do paciente tenha sido estabilizada, uma vez que não será possível estabilizar seu estado orgânico nesta condição.
  • C. Antibióticos profiláticos devem ser fornecidos antes da indução anestésica em animais com herniação hepática.
  • D. Animais com herniação gástrica devem ser avaliados cuidadosamente quanto à distensão gástrica e devem ser operados assim que possam ser anestesiados com segurança.
  • E. A complicação mais comum após o reparo cirúrgico de hérnias diafragmáticas é o pneumotórax, especialmente se a hérnia for crônica e as aderências estiverem presentes.

A toracotomia pode ser realizada por meio de uma incisão entre as costelas ou dividindo o esterno. A abordagem utilizada vai depender da exposição necessária e do processo nosológico subjacente. Em relação a toracotomia intercostal, assinale a opção CORRETA.

  • A. Dependendo do lobo esquerdo afetado, a toracotomia lateral esquerda no sexto, sétimo e oitavo espaço intercostal fornece uma exposição adequada para a lobectomia.
  • B. A toracotomia intercostal esquerda no quinto espaço intercostal permite a exposição da via de saída do ventrículo esquerdo, da artéria pulmonar principal e do ducto arterioso.
  • C. A toracotomia intercostal direita expõe o lado direito do coração (aurícula, átrio e ventrículo), as veias cavas cranial e caudal, os lobos pulmonares direito e a veia ázigos.
  • D. A toracotomia intercostal direita no quinto espaço intercostal permite a exposição da via de saída do ventrículo direito, da artéria pulmonar principal e do ducto arterioso.
  • E. A toracotomia intercostal esquerda expõe o lado esquerdo do coração (aurículas, átrio e ventrículo), as veias cavas cranial e caudal, os lobos pulmonares esquerdos e a veia ázigos.

Os hemangiossarcomas são neoplasias malignas que se originam dos vasos sanguíneos. Em relação ao hemangiossarcoma (HSA) esplênico canino, é CORRETO afirmar:

  • A. O HSA é o tipo mais comum de tumor esplênico maligno, correspondendo a mais de 80% dos tumores malignos esplênicos identificados.
  • B. O HSA é visto em menos de um terço dos cães com hemoabdome não traumático.
  • C. Até 50 % dos cães com HSA esplênico pode apresentar HSA no átrio direito concomitantemente.
  • D. O HSA esplênico é um tumor agressivo que frequentemente forma metástases no fígado, omento, mesentério e cérebro.
  • E. Apesar de ser um tumor agressivo, poucos cães com HSA esplênico têm evidências de doença metastática durante apresentação inicial.
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