Questões de Antropologia da Escola de Administração Fazendária (ESAF)

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Os descimentos de índios no Estado do Grão- Pará e Maranhão nos séculos XVII e XVIII foram empreendidos principalmente por:

  • A. pequenos grupos de missionários portugueses que entraram nas aldeias e convenceram os índios a se transferirem para as missões onde poderiam participar como mão de obra na construção do Brasil.
  • B. militares portugueses que buscavam mão de obra escrava para as fazendas.
  • C. grandes contingentes de índios escravizados, índios livres, mamelucos e outros grupos subalternos recrutados pelos portugueses para escravizar os chamados “Índios bravos”.
  • D. missionários e militares portugueses que entraram nas aldeias e com a força da persuasão conseguiram levar os índios para as cidades com o intuito de participar da construção da nação.
  • E. exploradores que seguiram os ideais da Coroa portuguesa em colonizar a Amazônia.

Assinale a opção que indica corretamente quais foram os principais motivos que levaram à extinção do Serviço de Proteção aos Índios (SPI) em 1967, dando lugar à Fundação Nacional do Índio (FUNAI).

  • A. Má gestão, falta de recursos, corrupção funcional, vulnerabilidade do órgão e a ingerência dos partidos políticos na política indigenista.
  • B. Massacres de sociedades indígenas realizados com a convivência e/ou participação dos seus funcionários.
  • C. A necessidade de uma renovação nos quadros burocráticos do Estado.
  • D. O fim da presidência do Marechal Humberto de Alencar Castello Branco (1964 – 1967) e o início da presidência do Marechal Arthur da Costa e Silva (1967 – 1969).
  • E. As novas políticas do Estado para o desenvolvimento da Amazônia e a necessidade de um órgão mais enérgico para implantar essas políticas.

Nos anos 1970, o Coronel da Aeronáutica e especialista em estratégia Ivan Zanoni Hausen, da FUNAI, propôs que fossem estabelecidos “critérios de indianidade”. Assinale a opção que indica corretamente qual foi o principal objetivo desses “critérios de indianidade”.

  • A. Permitir que a FUNAI definisse quem era índio para melhorar seu padrão de assistência aos índios do Brasil.
  • B. Permitir que a FUNAI determinasse quem era e quem não era índio para, desta maneira, subtrair os direitos daqueles índios que a FUNAI decidiu não reconhecer como índios.
  • C. Permitir que as Forças Armadas determinassem quem era e quem não era índio para, desta maneira, distribuir as terras indígenas para os verdadeiros índios.
  • D. Acelerar o processo de regularização das terras indígenas ao definir quem era e quem não era índio.
  • E. Identificar quem eram os verdadeiros índios do Brasil para recrutá-los em projetos administrados pelas Forças Armadas.

Assinale, entre as opções abaixo, aquela que indica o porquê da participação de alguns indígenas na revolta social conhecida como a Cabanagem, na então província do Grão-Pará, entre1835 a 1840.

  • A. Após a independência do Brasil, muitos indígenas na província do Grão-Pará apoiavam aqueles fazendeiros que queriam manter a região como colônia de Portugal.
  • B. Muitos indígenas esperavam ter seus direitos reconhecidos e não serem mais obrigados a trabalhar como escravos nas roças e manufaturas dos aldeamentos.
  • C. Muitos indígenas estavam revoltados com os mestiços que apoiavam a elite fazendeira da província que escravizava os índios e os negros.
  • D. Muitos indígenas queriam reverter as relações interétnicas assimétricas e expulsar todos os brancos da província do Grão-Pará.
  • E. Após a independência do Brasil, muitos indígenas se sentiam traídos pelos mestiços e queriam se vingar deles.

Na história dos estudos sobre o contato interétnico entre sociedades indígenas e segmentos da sociedade nacional no Brasil, assinale, entre as opções abaixo, qual noção marcou o rompimento com os estudos de aculturação.

  • A. Aceleração evolutiva de Darcy Ribeiro.
  • B. Pessimismo sentimental de Marshall Sahlins.
  • C. Fricção interétnica de Roberto Cardoso de Oliveira.
  • D. Perspectivismo ameríndio de Eduardo Viveiros de Castro.
  • E. Historicismo cultural de Franz Boas.

Em texto clássico da etnologia indígena, publicado em 1979, os antropólogos Anthony Seeger, Roberto da Matta e Eduardo Viveiros de Castro argumentam a necessidade de focalizar a construção da pessoa nas sociedades indígenas. Assinale a opção que indica corretamente por que enfatizaram a construção da pessoa nas sociedades indígenas.

  • A. Representa um esforço por parte destes antropólogos de nacionalizar a etnologia indígena que se faz no Brasil.
  • B. Representa um esforço por parte destes antropólogos de transformar a etnologia indígena no Brasil em uma disciplina que poderia ser entendida pelos povos indígenas.
  • C. Representa um esforço por parte destes antropólogos de incorporar uma nova perspectiva para a etnologia indígena que ajudaria a compreender as semelhanças entre as sociedades na América do Sul, na África e na Melanésia ao revelar a natureza universalista do pensamento humano.
  • D. Representa um esforço por parte destes antropólogos de desvencilhar a etnologia indígena no Brasil dos modelos antropológicos formulados em outros continentes como a África e a Melanésia e partir de noções usadas pelos próprios índios para entender suas sociedades.
  • E. Representa um esforço por parte destes antropólogos de incorporar modelos antropológicos formulados em outros continentes, como a África e a Melanésia para a etnologia indígena das sociedades indígenas nas planícies baixas da América do Sul.

Assinale, entre as opções abaixo, em qual definição se encaixa a categoria de “Terra Indígena”.

  • A. Uma categoria ou descrição sociológica para definir um território indígena demarcado pelo Estado brasileiro.
  • B. Uma categoria jurídica, definida pelo Artigo 231 da Constituição Federal, de 05 de outubro de 1988.
  • C. Uma categoria jurídica, definida pelo Artigo 17 da Lei nº. 6.001, de 10 de dezembro de 1973.
  • D. Uma categoria jurídica definida pelo Supremo Tribunal Federal em sua decisão sobre a demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, de 19 de março de 2009.
  • E. Uma categoria de análise antropológica incorporada na legislação indigenista pelo Estado brasileiro, em 06 de julho de 1979.

Na Região Amazônica do século XIX, o termo “tapuio” foi usado para se referir aos:

  • A. "índios bravos” que viviam no interior das florestas e evitavam contatos com os brancos.
  • B. descendentes de negros e indígenas.
  • C. “índios mansos” que passaram a ser designados “caboclos” no século XX.
  • D. “mamelucos”.
  • E. “cafuzos”.

Em seus trabalhos sobre indigenismo e territorialização, o professor João Pacheco de Oliveira procurava:

  • A. realizar um levantamento conclusivo sobre a situação de todas as terras indígenas no Brasil, para servir de auxílio à FUNAI em sua obrigação de regularizar todas as terras indígenas, dentro do prazo concedido pela Constituição Federal de 1988.
  • B. realizar um levantamento das terras indígenas no Brasil, para produzir um arquivo de referência para futuras pesquisas em Etnologia Indígena.
  • C. para contextualizar a relação mediada pelo Estado brasileiro entre os povos indígenas e a terra.
  • D. realizar uma etnografia dos processos sociais envolvidos no estabelecimento das terras indígenas no Brasil.
  • E. realizar um estudo histórico dos órgãos indigenistas no Brasil e suas relativas (in)capacidades de regularizar as terras indígenas.

O perspectivismo ameríndio:

  • A. Trata-se da noção de que, em primeiro lugar, o mundo é povoado de muitas espécies de seres (além dos humanos propriamente ditos) dotados de consciência e de cultura e, em segundo lugar, de que cada uma dessas espécies vê a si mesma e às demais espécies de modo bastante singular: cada uma se vê como humana, vendo todas as demais como não-humanas, isto é, como espécies de animais ou de espíritos.
  • B. Trata-se da noção de que, em primeiro lugar, o mundo é povoado de muitas espécies de seres (além dos humanos propriamente ditos) dotados de consciência e de cultura e, em segundo lugar, de que cada uma dessas espécies vê a si mesma e às demais espécies de modo bastante singular: cada uma se vê como animal, vendo todas as demais como humanas, isto é, como espécies de humanos ou de espíritos.
  • C. Trata-se da noção de que, em primeiro lugar, o mundo é povoado de muitas espécies de seres (além dos humanos propriamente ditos) dotados de consciência e de cultura e, em segundo lugar, de que cada uma dessas espécies vê a si mesma e às demais espécies de modo bastante singular: cada uma se vê como espírito, vendo todas as demais como espíritos, isto é, como espécies de humanos ou de espíritos.
  • D. Trata-se da noção de que, em primeiro lugar, o mundo é povoado de muitas espécies de seres (além dos humanos propriamente ditos) dotados de consciência e de cultura e, em segundo lugar, de que cada uma dessas espécies vê a si mesma e às demais espécies de modo bastante singular: cada uma se vê como não-humana, vendo todas as demais como humanas, isto é, como espécies de animais ou de espíritos.
  • E. Trata-se da noção de que, em primeiro lugar, o mundo é povoado de muitas espécies de seres (além dos humanos propriamente ditos) dotados de consciência e de cultura e, em segundo lugar, de que cada um desses espíritos vê a si mesmo e às demais espécies de modo bastante singular: cada uma se vê como humana, vendo todas as demais como humanas, isto é, como espécies de animais ou de humanas.
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