Questões de Línguas Outras

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Sobre a história do intérprete de Libras no Brasil, considere as seguintes afirmativas:

1. A estudante Denise Coutinho foi a primeira pessoa a assumir a interpretação da Libras publicamente, em evento coletivo, podendo ser considerada a primeira intérprete de Libras no Rio de Janeiro, quiçá no Brasil.

2. Ricardo Sander foi o primeiro intérprete a apresentar o Hino Nacional em Libras, em eventos oficiais da FENEIS.

3. Em 1988, a FENEIS realizou, no Rio de Janeiro, o I Encontro Nacional dos Intérpretes em Língua de Sinais e, nesse ano, publicou uma espécie de manual, com o título “A Importância dos Intérpretes da Linguagem de Sinais”.

4. Em 2002, foi realizado o II Encontro Nacional de Intérpretes, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ocasião em que foi aprovado o código de ética da categoria. Nessa ocasião, a intérprete e pesquisadora de Libras Ronice Muller de Quadros lançou o livro “O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua portuguesa”.

Assinale a alternativa correta.

  • A. Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
  • B. Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.
  • C. Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
  • D. Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
  • E. As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

João, 16 anos de idade, aluno matriculado no EJA, apresenta interesse na interação com Paulo, seu colega surdo, mas ainda não aprendeu a se comunicar por meio da Libras. Por conta disso, sua professora recomendou-lhe a tradução como possibilidade de inclusão social. Atendendo à recomendação da professora, João passou a utilizar o software ProDeaf, que traduz a sua voz para Libras. Levando em conta os tipos de tradução apontados por Guerini e Costa (2007), assinale a alternativa correta sobre o ProdDeaf.

  • A. Por ser um aplicativo e poder ser utilizado também na web, classifica-se como tradução online, uma vez que a ferramenta é habilitada na internet.
  • B. É um tradutor automático, pois a tradução é feita por meios mecânicos, ou seja, sem a intervenção direta de um ser humano.
  • C. Mesmo tendo o teclado para se digitar textos, pode ser classificado na categoria de tradução oral, pois foi desenvolvido de acordo com a base cultural que envolve línguas de modalidade auditiva, como o português.
  • D. É um tradutor do par de idiomas Libras-Português que, por depender da presença de um recurso tecnológico, pode ser entendido como tradução consecutiva, já que o tempo de processamento é diferenciado em relação à tradução simultânea.
  • E. É um tradutor eletrônico, pois a tradução é feita eletronicamente a partir da alimentação de vocabulários novos no sinalário do banco de dados.

Numere a coluna da direita, relacionando as premissas extraídas das ideias de Friedrich Schleiermacher, apresentadas por Heidermann (2009), com os respectivos tipos de tradução.

Assinale a alternativa que apresenta a numeração correta da coluna da direita, de cima para baixo.

  • A. 1 – 1 – 2 – 3.
  • B. 1 – 2 – 3 – 3.
  • C. 3 – 1 – 1 – 2.
  • D. 2 – 3 – 2 – 1.
  • E. 3 – 3 – 1 – 2.

Sobre a constituição do profissional tradutor intérprete, considere as seguintes afirmativas:

1. Vários autores, entre eles Massuti e Santos (2008), argumentam que o processo de tradução se configura para além de aspectos linguísticos, pois requer estratégias que levem em conta não só as subjetividades do tradutor intérprete e da pessoa surda, mas, também, aspectos que são centrais na cultura surda e na cultura ouvinte.

2. Perlin (2006) conceitua o tradutor intérprete de língua de sinais (TILS) como intérprete da cultura, da língua e da história das pessoas surdas. O ato de traduzir/interpretar é fazer parte da história do outro, o outro surdo. E fazer parte significa se colocar à disposição para entender esse outro, os seus afetos e as suas experiências de vida.

3. Segundo Marques e Oliveira (2009), a partir de uma perspectiva fenomenológica, os tradutores intérpretes de língua de sinais estão o tempo todo assimilando e internalizando novos lugares, novas temporalidades e movendo símbolos carregados de afetividade, motivo pelo qual se encontram num espaço privilegiado de acumulação de conhecimento maximizado em relação a Ser Surdo.

4. Para Massutti (2007), o intérprete seria como um leitor cultural e agenciador de sentidos traduzidos em zonas fronteiriças de contato, marcadas por tensões subjetivas que reinventam os sujeitos não de acordo com uma ou outra cultura, mas conforme o regime híbrido que tece enredos emotivos e cognitivos.

Assinale a alternativa correta.

  • A. Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
  • B. Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
  • C. Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
  • D. Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
  • E. As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

Considere as imagens abaixo, extraídas de Strobel e Fernandes (1998):

 Com base nessas imagens, assinale a alternativa correta.

  • A. A imagem A representa variações sociais dos sinais, e a imagem B refere-se à representação das alterações decorrentes dos costumes da geração que o utiliza.
  • B. A imagem A representa as variações regionais do sinal VERDE, e a imagem B refere-se a variações dialetais.
  • C. A imagem A representa as variações sociais do sinal VERDE, e a imagem B refere-se a variações da motivação do sinal, ou seja, mudança do status de iconicidade para arbitrariedade.
  • D. A imagem A representa as variações de sinais de uma cidade para outra, no mesmo país, e a imagem B refere-se a variações na configuração das mãos e/ou no movimento, não modificando o sentido do sinal.
  • E. A imagem A representa a variação na composição morfológica dos sinais e a imagem B refere-se a variações sociais do sinal de AJUDAR.

Rodrigues e Valente (2011) colocam o uso do espaço como um apontamento útil ao cotidiano do tradutor-intérprete de Libras. As autoras dizem que, por serem línguas espaço-visuais, os usuários das línguas de sinais empregam o espaço linguisticamente. Em relação ao uso do espaço como recurso linguístico, assinale a alternativa que apresenta fenômenos da Libras que estão na base da constituição do sistema pronominal e da concordância verbal.

  • A. Trata-se dos elementos dêiticos, que são construídos pela apontação para lugares específicos no espaço, os quais remetem a referentes diferentes, e dos verbos direcionais (com concordância), em que a direção de realização do sinal indica o sujeito e o objeto do verbo.
  • B. Trata-se do apontamento direcional no uso do pronome. Por exemplo, o sinal de EU é realizado com o apontamento para o receptor da mensagem, e o pronome de segunda pessoa é realizado com o apontar para quem é emissor da mensagem.
  • C. Trata-se da apontação para lugares específicos no espaço, os quais remetem a referentes diferentes, e dos verbos simples, em que a direção de realização do sinal indica o sujeito e o objeto do verbo. Como exemplo, pode-se citar a concordância do verbo ENTREGAR, em que o sujeito é a terceira pessoa, e o objeto indireto, a segunda pessoa.
  • D. Trata-se do espaço real, onde o referente que se procura representar participa do ambiente físico real no qual ocorre a situação de comunicação, e do espaço token, em que o referente que se pretende representar diz respeito à terceira pessoa.
  • E. Trata-se dos elementos dêiticos, que são construídos no processo de incorporação de gestos como signos linguísticos nas línguas de sinais, e dos verbos que classificam os referentes em pontos específicos ao redor do corpo do sinalizante.

Considere o texto abaixo:

No que diz respeito à relação entre estudos linguísticos e línguas de sinais, sob o ponto de vista das autoras, é correto afirmar:

  • A. O interesse em relação ao estudo das línguas de sinais se deu por conta da reestruturação linguística e da proposição de concepções teóricas modernas.
  • B. Os estudos linguísticos evidenciam a riqueza e a complexidade da modalidade da língua brasileira de sinais para seu campo descritivo-conceitual.
  • C. As línguas de sinais, há um bom tempo, vêm sendo objeto de estudo no meio acadêmico, e nessas pesquisas constatou-se que elas não podem ser analisadas à luz de teorias tradicionais das línguas orais.
  • D. Os estudos linguísticos da Libras no Brasil só emergiram na academia após a regulamentação legal do idioma e a sua inserção nos currículos dos cursos superiores.
  • E. O interesse em relação ao estudo das línguas de sinais se deu por conta da fragilidade conceitual dos constructos das línguas orais.

Sobre a relação entre língua oral e língua de sinais apontada por Gesser (2009), identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:

( ) A língua de sinais tem estrutura própria e é autônoma, ou seja, independente de qualquer língua oral em sua concepção linguística. Apesar disso, no bimodalismo, a estrutura sintática do português, muitas vezes, é presente durante o uso da Libras.

( ) As marcas de imposição da estrutura do português em falares sinalizados se caracteriza como uma forma de hibridismo e funciona como uma estratégia para aqueles ouvintes que estão iniciando o contato e a aprendizagem da língua de sinais, sendo que a fala oral é inerente à cultura dos ouvintes e, portanto, é difícil desvencilhar-se dela.

( ) As marcas de imposição da estrutura do português em falares sinalizados advêm das mãos de surdos oralizados (congênitos ou adquiridos) que, em primeiro lugar, fazem uso da oralidade e rejeitam a língua de sinais. A partir do momento em que passam a utilizar a língua de sinais, eles o fazem ainda tendo em vista a supremacia da fala.

( ) A comunidade surda está inserida na e cercada pela comunidade majoritária ouvinte, e isso faz com que as línguas de sinais estejam em contato direto com as línguas orais locais. Essa “coabitação” linguística faz com que haja não compreensão entre surdos e ouvintes.

( ) A relação entre as línguas não é, nem nunca foi, neutra ou simétrica. Sempre há em jogo questões de poder e as decorrentes situações de conflito, como no caso da língua oral e da língua de sinais, em que a língua dominante tenta abocanhar a língua dominada.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.

  • A. V – V – F – F – F.
  • B. F – F – V – V – F.
  • C. V – V – V – F – F.
  • D. F – F – V – V – V.
  • E. V – V – F – F – V.

A glosa ao lado se refere ao registro de uma interação em Libras. Baseando-se na transcrição dos sinais, assinale a alternativa correta.

  • A. No cumprimento dos interlocutores, o sinal O-I expressa a informalidade da interação.
  • B. No segundo bloco de interação, em “LEMBRAR NÃO” há demonstração de que o verbo LEMBRAR em Libras é produzido com incorporação da negação.
  • C. No terceiro bloco de interação, “VOCÊ 2sENSINAR1s LIBRAS. AQUI. LEMBRAR?”, há demonstração de que o sinal AQUI é usado em Libras como um pronome interrogativo.
  • D. No terceiro bloco de interação, em “VOCÊ 2sENSINAR1s LIBRAS. AQUI. LEMBRAR?” há demonstração de que o sinal LEMBRAR é um verbo que possui marca de concordância pessoal em Libras.
  • E. Na expressão “EU IR AULA” há demonstração de que o verbo IR é classificado em Libras como um verbo de locomoção.

A imagem ao lado ilustra um importante fato histórico de duas pessoas conhecidas pela comunidade surda representado no clássico filme “O milagre de Anne Sullivan”. Sobre a narrativa, assinale a alternativa que descreve a relação entre as duas personagens da imagem.

  • A. A professora chamada Helen Keller ensinava a menina, que era surdocega. A menina chamava-se Anne Sullivan.
  • B. A professora Anne Sullivan era cega e, apesar disso, ensinava língua de sinais tátil a Helen, que tinha síndrome da surdez.
  • C. A professora chamada Helen Keller ensinava a menina Anne Sullivan por meio da leitura e da escrita, pois na época em que viveram não existia o Braille e a língua de sinais.
  • D. Helen Keller ficou surda e cega aos 2 anos de idade em consequência de febre alta e seus pais procuraram uma professora especializada: Anne Sullivan.
  • E. A professora Anne Sullivan tentava oralizar Helen Keller, colocando os dedos da menina sobre sua garganta, lábios e nariz.
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