Questões de Psicologia da Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (VUNESP)

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Como destaca Cássia Regina de Souza Preto (2016), há situações de emergência nas quais o psicólogo terá de produzir um documento urgente a ser apresentado ao Juiz. Esse documento, via de regra, consiste em um breve relato da situação, com posicionamento técnico do profissional, sendo denominado

  • A. Laudo informativo.
  • B. Registro documental.
  • C. Prontuário provisório.
  • D. Relatório circunstanciado.
  • E. Briefing psicológico.

Um psicólogo é entrevistado por um telejornal para comentar uma infração cometida por uma criança menor de idade. Para não a expor, esse profissional menciona apenas as iniciais do nome e do sobrenome da criança na reportagem. Nesse caso, o psicólogo

  • A. descumpre o que é estabelecido pelo ECA, dado que a criança foi o infrator na situação.
  • B. está protegido pela ausência de definição do ECA quanto ao uso de iniciais do nome e do sobrenome da criança nessa situação.
  • C. atende ao que é determinado pelo ECA, se os pais da criança autorizarem a divulgação.
  • D. deve revelar o nome da criança de acordo com o ECA, pois se trata de caso de interesse público.
  • E. age de acordo com o que determina o ECA, ao usar as iniciais do nome e do sobrenome da criança para identificá-la.

Em uma situação de perícia, a pericianda pede ao psicólogo- períto que não revele parte do que ela lhe disse durante a entrevista, pois teme que essas informações possam prejudicá-la. Nessa situação, Sidney Shine (2014) recomenda que o psicólogo-períto esclareça que

  • A. serão revelados apenas os dados que a pericianda autorizá-lo a revelar.
  • B. juntos, psicólogo-perito e pericianda, decidirão o que deverá ser revelado ou não.
  • C. todos os dados os obtidos na perícia estarão protegidos por sigilo profissional.
  • D. poderão ser protegidos por sigilo os dados irrelevantes para o foco da perícia.
  • E. constarão no parecer apenas os dados obtidos por meio de testes psicológicos.

Ao abordar a relação entre ciências humanas e a instituição judiciária, Michel Foucault (2014) identifica, no saber psicológico,

  • A. um conhecimento cumulativo não mais que tangencial ao saber jurídico.
  • B. uma disciplina que veicula o discurso da regra, da normalização.
  • C. um saber clínico libertador cujo foco é o homem senhor de seu próprio destino.
  • D. um poder epistemológico que adota o código da lei sob a perspectiva da reparação.
  • E. um domínio de conhecimento humanista sem lugar no âmbito jurídico.

Ao discutir a avaliação psicológica no contexto forense, Sidney Shine (2014) destaca alguns pontos relacionados à atuação do psicólogo-perito que merecem reflexão. Assinale a alternativa compatível com as posições do autor.

  • A. A competência profissional do perito deve ser demonstrada por meio de um relato minucioso de tudo o que foi apreendido sobre o funcionamento psicológico dos envolvidos.
  • B. A análise institucional está pressuposta na demanda do trabalho do perito, uma vez que a avaliação psicológica dar-se-á no âmbito da instituição jurídica.
  • C. O psicólogo-perito deve estar atento para sua função de avaliar para descrever os indivíduos avaliados, de modo a deixar, para o juiz, a função de julgar.
  • D. A tarefa do psicólogo-perito se dá à parte das regras jurídicas do contexto institucional, dada a natureza essencialmente subjetiva da avaliação psicológica.
  • E. O laudo final deve caracterizar o psicólogo como perito adversarial, de modo a atender satisfatoriamente a demanda dos operadores de direito.

A entrevista psicológica por vezes é criticada por ser pouco científica. Na visão de José Bleger (2011),

  • A. a crítica é justificada, porque o instrumento é o entrevistador, que, na relação interpessoal, será afetado por aspectos não resolvidos de sua personalidade.
  • B. a crítica é parcialmente justificada, porque o entrevistador não tem como controlar as estratégias do entrevistado para ocultar a verdade.
  • C. a crítica procede, porque o entrevistador é parte do campo da entrevista e, como tal, condiciona os fenômenos que vai registrar.
  • D. a crítica não se justifica, porque o entrevistador terá em mãos um roteiro de perguntas que, uma vez seguido, poderá assegurar o rigor de sua conduta.
  • E. a crítica não procede, porque se quer estudar o fenômeno psicológico, e a relação humana entre entrevistador e entrevistado configura uma condição natural desse fenômeno.

formule hipóteses enquanto observa o entrevistado e com ele interage, e as verifique e retifique, se necessário, no mesmo momento em que as levanta durante a entrevista.

  • A. ponderar que os dados mostram como cada um dos membros da família se organiza numa mesma realidade.
  • B. concluir que as divergências observadas devem-se a um pacto velado de ocultamento da verdade entre os membros da família.
  • C. diagnosticar que a família apresenta uma organização frouxa, o que confere pouca credibilidade aos relatos individuais.
  • D. eleger o membro mais qualificado para dar as informações relevantes para o caso e basear suas conclusões nessas informações.
  • E. realizar uma entrevista com a família toda para confrontar as versões e decidir qual membro da família apresenta a versão mais realista.

José Bleger (2011) destaca que “não há possibilidade de uma entrevista correta e frutífera se não se incluir a investigação”. Para proceder à investigação, é essencial que o psicólogo

  • A. prepare antecipadamente o que deverá ser investigado, com base em uma teoria psicológica que oriente os dados que se pretende coletar.
  • B. use a atenção flutuante na interação com o entrevistado, de modo a dar um sentido geral ao que o entrevistado diz e pedir que preencha eventuais lacunas identificadas em seu relato.
  • C. mantenha-se totalmente centrado na conduta e nas palavras do paciente, deixando o levantamento de hipóteses investigativas para o final do processo.
  • D. mantenha o foco nas informações objetivas que o entrevistado fornece, de modo a afastar potenciais equívocos decorrentes da visão subjetiva do entrevistado na situação.
  • E. formule hipóteses enquanto observa o entrevistado e com ele interage, e as verifique e retifique, se necessário, no mesmo momento em que as levanta durante a entrevista.

Não raro a avaliação psicológica em situações de disputa de guarda envolve a identificação de características de transtorno antissocial. Os desenhos podem contribuir para essa avaliação, e revelar o uso de identificação projetiva de tipo indutor, um dos aspectos presentes nesse transtorno. Assinale a alternativa que apresenta características compatíveis com a presença de identificação projetiva indutora.

  • A. Desenhos de contornos incertos e mal delimitados, árvore cindida, figura humana com transparências, casa com telhado exagerado, indicando dificuldade de contenção e tendência ao comportamento explosivo.
  • B. Desenhos pequenos e colocados próximos à margem inferior da folha, indicando sentimentos de menos valia e abordagem concreta ao meio, com tendência ao pragmatismo sem elaboração.
  • C. Desenhos de tamanho grande, com ênfase em características de força e tendência à ação: figura humana musculosa, galhos da árvore com muita nodosidade e projetados para fora; casa pretensiosa.
  • D. Desenhos desorganizados que ocupam a página toda, indicando tendência à projeção maciça dos próprios conteúdos sobre um outro que precisa ser ativamente controlado e manipulado.
  • E. Desenhos de tamanho médio, minuciosamente detalhados, com ênfase nas mãos e nos pés da figura humana, indicando aderência à realidade e ênfase na ação, e porta acima do nível do solo, indicando inacessibilidade social.

A atuação do psicólogo no contexto jurídico eventualmente demanda a avaliação psicológica de crianças pequenas, cujo repertório verbal é bastante limitado para expressar o que sente e o que a perturba. Ocampo M. L. e colaboradores (2009) sugerem, nesses casos, a realização da hora de jogo diagnóstica. Para os autores, a hora de jogo diagnóstica

  • A. possibilita a expressão de um amplo leque de condutas da criança, dispensando o uso de outras técnicas pelo psicólogo.
  • B. assemelha-se à entrevista diagnóstica realizada com o adulto, no sentido de que cabe ao entrevistador definir e direcionar os conteúdos mobilizados.
  • C. permite a avaliação dos recursos psicológicos da criança por colocar em ação os processos secundários.
  • D. inclui comunicação de tipo espacial, na qual são incluídos mais elementos dos processos primários, atuados no próprio brincar.
  • E. poupa a criança de angústias ameaçadoras que inibam sua capacidade de se expressar, porque o vínculo transferencial não chega a ser estabelecido.
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