Questões de Sociologia do ano 2017

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Assinale a alternativa incorreta:

  • A. O organicismo tem como premissa que o indivíduo é, essencialmente, uma parte do todo social e de que o bem de cada um só se realiza quando assegurado o bem comum, de forma que a associação transindividual goza de supremacia sobre os interesses dos indivíduos.
  • B. O utilitarismo apregoa que a melhor solução para cada problema sociopolítico é aquela que promove, na maior escala, os interesses dos membros da sociedade política, individualmente considerados.
  • C. Segundo Bobbio, a tolerância jamais é ilimitada, devendo ser estendida a todos, salvo àqueles que negam o princípio da tolerância, como as minorias opressoras, caracterizadas como aquelas que, se se tornassem maioria, suprimiriam o princípio da maioria.
  • D. A democracia deliberativa é compreendida como a prerrogativa popular de eleger representantes, que legitima as instâncias formais do processo majoritário.
  • E. Zonas de contato são campos sociais em que diferentes mundos da vida normativos se encontram e defrontam, como sucede com povos indígenas que se envolvem em conflitos assimétricos com culturas nacionais dominantes, e imigrantes ou refugiados que vão em busca de sobrevivência em países estrangeiros.

Desde o século XIX várias foram as alternativas de explicação e compreensão das desigualdades no Brasil. Entre as desigualdades, destaca-se a questão étnico-racial ainda presente em nosso cotidiano. Sobre a desigualdade étnico-racial que ainda existe na sociedade brasileira, julgue os itens abaixo e assinale a alternativa correta.

I. O mito da democracia racial não seria simplesmente um mecanismo de acobertamento das desigualdades e discriminações, mas também a ideologia da identidade nacional que impede a construção da igualdade entre os brasileiros.

II. A questão da democracia racial foi discutida por Gilberto Freyre em sua obra Casa-Grande e Senzala, que considera o convívio entre as “raças” no Brasil uma questão de animosidade desde a sociedade escravista açucareira no litoral pernambucano.

III. Para o pensador social Florestan Fernandes em seu livro A Integração do Negro na Sociedade de Classe (1978) serviu para reforçar a ideia que não existem distinções sociais entre negros e brancos e afirma uma convivência pacífica e harmônica.

IV. A desigualdade social, por exemplo, tem relação direta com a escravidão, mais particularmente com o modo como os negros foram incorporados a uma sociedade de classes, depois da Abolição, em 1888.

V. A Constituição Brasileira tem como uma de suas formulações mais importantes a ideia de que todos os indivíduos são iguais perante a lei. Na perspectiva étnico-racial, no entanto, não está inserido o crime de racismo como algo punitivo.

  • A. Os itens I, II, III e IV estão corretos.
  • B. Os itens I e IV estão corretos.
  • C. Os itens II, III, IV e V estão corretos.
  • D. Somente o item IV está correto.
  • E. Todos os itens estão corretos

Esse pensador social ficou conhecido por estabelecer método etnográfico, ou seja, a pesquisa de campo de longa duração, com conhecimento fluente do idioma local e observação participante. O antropólogo deveria “mergulhar” na cultura local, participando das atividades diárias enquanto observava o que acontecia. Tornou-se grande crítico dos evolucionistas e precursor da perspectiva funcionalista em antropologia. O pensamento em questão, é característico de qual autor?

  • A. Claude Lévi-Strauss
  • B. Franz Boas
  • C. Émile Durkheim
  • D. Karl Marx
  • E. Bronislaw Malinowski

Essa tendência baseia-se nas classificações evolucionistas e hierárquicas. Baseado nesse pensamento, civilizados eram os europeus, enquanto as demais populações eram escalonadas entre mais e menos atrasadas.

  • A. Relativismo
  • B. Etnocentrismo
  • C. Simbolismo
  • D. Funcionalismo
  • E. Materialismo

Esse antropólogo foi responsável por romper com a antropologia do século XIX que pensava a humanidade em uma escala evolutiva. Foi o primeiro a empregar a palavra cultura em seu sentido moderno, propriamente antropológico. Antes, cultura era sinônimo de “civilização” e um atributo dos países tidos como civilizados. A análise em questão, é característica de qual autor?

  • A. Max Weber
  • B. Roque Laraia
  • C. Claude Lévi – Strauss
  • D. Émile Durkheim
  • E. Franz Boas

As sociedades capitalistas são marcadas por relações em que o capital e o trabalho assalariado são dominantes e a propriedade privada é o bem maior a ser cuidadosamente mantido. Dessa realidade, houve estudos de pensadores sociais que abordaram a existência de duas classes fundamentais na estruturação do sistema capitalista: a burguesia, que personifica o capital, e o proletariado, que vive do trabalho assalariado. Na compreensão desse pensador, essas duas classes convivem em contínuo conflito de interesses. A partir da reflexão acima, o pensador em questão é:

  • A. Émile Durkheim
  • B. Max Weber
  • C. Pierre Bourdieu
  • D. Karl Marx
  • E. Franz Boas

Max Weber (1864 – 1920) foi um dos grandes teóricos a pensar o Estado Moderno. Dentre as opções abaixo, marque a alternativa correta sobre a teoria weberiana do Estado:

  • A. Para Weber, a divisão do trabalho e a propriedade privada são geradoras das classes sociais, a base do surgimento do Estado, que seria a expressão jurídico-política da sociedade burguesa. A organização estatal apenas garantiria as condições gerais da produção capitalista, não interferindo nas relações econômicas.
  • B. Weber dizia que o Estado “concentrava e expressava a vida social”. Sua função seria eminentemente moral, pois ele deveria realizar e organizar o ideário do indivíduo e assegurar-lhe pleno desenvolvimento. E isso se faria por meio da educação pública voltada para uma formação moral sem fins conceituais ou religiosos. De acordo com o filósofo, o Estado não é antagônico ao indivíduo. Foi o Estado que emancipou o indivíduo do controle despótico e imediato dos grupos secundários, como a família, a Igreja e as corporações profissionais, dando-lhe um espaço mais amplo para o desenvolvimento de sua liberdade.
  • C. O Estado não pode ser definido em termos de seus fins. Dificilmente haverá qualquer tarefa que uma associação política não tenha tomado em suas mãos, e não há tarefa que se possa dizer que tenha sido sempre, exclusivamente e peculiarmente, das associações designadas como políticas: hoje o Estado, ou, historicamente, as associações que foram predecessoras do Estado moderno. Em última análise, só podemos definir o Estado moderno sociologicamente em termos dos meios específicos peculiares a ele, como peculiares a toda associação política, ou seja, o uso da força física.
  • D. Para Weber, o Estado é um grupo de funcionários sui generis, no seio do qual se elaboram representações e volições que envolvem a coletividade, embora não sejam obra da coletividade. Não é correto dizer que o Estado encarna a consciência coletiva, pois está o transborda por todos os lados. É em grande parte difusa; a cada instante há uma infinidade de sentimentos sociais, de estados sociais de todo o tipo de que o Estado só percebe o eco enfraquecido. Ele só é a sede de uma consciência especial, restrita, porém mais elevada, mais clara, que tem de si mesma um sentimento mais vivo.
  • E. Analisando a burocracia estatal, Marx afirma que o Estado pode estar acima da luta de classes, separado da sociedade, como se fosse autônomo. É nesse sentido que pode haver um poder que não seja exercido diretamente pela burguesia. Mesmo dessa forma, o Estado continua criando as condições necessárias para o desenvolvimento das relações capitalistas, principalmente o trabalho assalariado e a propriedade privada.

“A dedicação ao carisma do profeta, ou ao líder na guerra, ou ao grande demagogo na ecclesia ou no parlamento, significa que o líder é pessoalmente reconhecido como o líder inerentemente “chamado” dos homens. Os homens não o obedecem em virtude da tradição ao da lei, mas porque acreditam nele. Quando é mais do que um oportunista limitado e presunçoso, o líder vive para sua causa e “luta pela sua obra”. A dedicação de seus discípulos, seus seguidores, seus amigos pessoais do partido são orientados para a sua pessoa e para suas qualidades.” Na passagem acima, o autor destaca o carisma como sendo a fonte de poder do líder político.

Qual dos autores abaixo enfatiza que as virtudes subjetivas podem ser um elemento liderança política?

  • A. Karl Marx
  • B. Émile Durkheim
  • C. Georg Simmel
  • D. Max Weber
  • E. Ferdinand Tönnies

Sobre a escala de transformações nas relações globais constituída pela revolução cultural e da informação, Stuart Hall salienta que “Queiramos ou não, aprovemos ou não, as novas forças e relações postas em movimento por este processo estão tornando menos nítidos muitos dos padrões e das tradições do passado. Por bem ou por mal, a cultura é agora um dos elementos mais dinâmicos — e mais imprevisíveis — da mudança histórica no novo milênio.” HALL, Stuart, (1997). A centralidade da cultura: notas sobre as revoluções de nosso tempo. Educação & Realidade, v. 22, nº 2, p. 15-46. Deste entendimento decorre que:

I. Os indivíduos se tornam cada vez mais centralizadores dos processos;

II. As lutas pelo poder sejam, crescentemente, simbólicas e discursivas;

III. As políticas assumem progressivamente a feição de uma política cultural;

IV. Haja a reafirmação da vida cotidiana e o apego aos valores tradicionais.

Pode se afirmar que, conforme a construção do conceito de cultura no pensamento de Stuart Hall, estão corretas.

  • A. Apenas II e III.
  • B. Apenas I e II.
  • C. Apenas I e IV.
  • D. Apenas I e III.
  • E. Apenas II, III e IV.

As mulheres nascem em um mundo que permite a ação plena somente aos homens. Neste, as mulheres encontram-se legadas à segundo plano, em uma vida de subserviência e inatividade. “Não se nasce mulher; torna-se mulher”. Qual obra e autor agrupam este pensamento sobre os estudos de gênero?

  • A. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade, de Judith Butler
  • B. Estrutura, signo e jogo, de Jacques Derrida.
  • C. O segundo sexo, de Simone de Beauvoir
  • D. Profissões para mulheres, de Virginia Woolf.
  • E. As traduções subversivas feministas ontem e hoje, de Marie-France Dépêche.
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