Questões sobre Geral

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Dados do ano 2000 para o Estado do Maranhão indicavam a produção preponderante de espécies introduzidas como a tilápia, nativas como o tambaqui e o pacu, e híbridos como o tambacu, cuja principal característica é a resistência a baixas temperaturas do inverno tropical. Devido à sua boa aceitação nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste, também foram introduzidos na Amazônia. O escape dos híbridos para os sistemas naturais pode afetar as populações.

Em relação a esta realidade, é correto afirmar:

  • A. Os híbridos estéreis apresentam menor ganho de biomassa ao longo do tempo.
  • B. As populações naturais podem aumentar produzindo indivíduos mais resistentes a doenças.
  • C. Cerca de 4% dos híbridos são estéreis e podem contribuir para a diminuição da parcela reprodutora das populações naturais.
  • D. A vantagem dos híbridos estéreis em relação ao maior ganho de biomassa torna-os mais suscetíveis aos predadores.
  • E. Valores menores que 10% de híbridos estéreis não colocam em risco a parcela reprodutora das populações naturais em um ecossistema.

As pisciculturas destinadas a larvicultura de peixes nativos estocam milhares de pós-larvas nos viveiros que necessitam atingir a fase de alevino, quando apresentam características que já lembram os exemplares adultos. O tipo de alimento fornecido difere de acordo com o trato digestivo das espécies cultivadas. A maioria das espécies nativas apresenta trato digestivo diferente das espécies exóticas, como as trutas, tilápias e o bagre do canal. Este conhecimento pode evitar mortalidade elevada das póslarvas ao iniciarem a alimentação exógena. Os alimentos mais apropriados à alimentação da maioria de pós-larvas de peixes nativos são

  • A. naúplios de artemia enriquecidos com ácidos graxos polinsaturados, pois as pós-larvas apresentam trato digestivo incompleto.
  • B. ração com 50% PB, leite em pó e gema de ovo crua, pois as pós-larvas necessitam de altas fontes de proteína.
  • C. alimento composto por ração contendo 20% de PB, rotíferos e náuplios de artemia, pois as pós-larvas apresentam trato digestivo completo.
  • D. alimentos vivos como microalgas do gênero Chlorella sp e rações finamente moídas, pois as pós-larvas apresentam trato digestivo rudimentar.
  • E. alimentos vivos como rotíferos, copépodos e cladóceros, pois as pós-larvas apresentam trato digestivo incompleto ou rudimentar.

O manejo e gestão atuais dos estoques pesqueiros no Brasil estão diretamente relacionados com o histórico sobre as introduções acidentais ou promovidas por políticas públicas de espécies oriundas de outras bacias sul-americanas, de outros continentes e até mesmo de bacias dentro do território nacional. Os programas de estocagem, vigentes até a década de 90 e atualmente restritos a região Nordeste promoveram a proliferação dessas espécies exóticas ou alóctones em represas, açudes e reservatórios. São impactos que as espécies introduzidas podem impor sobre a fauna nativa:

  • A. Melhoramento genético e aumento de resistência à doença.
  • B. Introdução de patógenos e competição por alimentos.
  • C. Aumento da resistência à doenças e maior oferta de alimentos.
  • D. Maior oferta de alimento e melhoramento genético.
  • E. Estabilização da diversidade biológica e predação.

No planejamento das ações de repovoamento é fundamental considerar o tamanho dos indivíduos, o local e o período de soltura, além do monitoramento posterior para verificar o sucesso do empreendimento. Neste contexto, a principal característica dos alevinos de espécies nativas destinados ao repovoamento de reservatórios, rios e lagos, e o que os diferencia daqueles destinados ao cultivo, é a

  • A. heterogeneidade genética.
  • B. homogeneidade genética.
  • C. hibridização.
  • D. reversão sexual.
  • E. produção de organismos trangênicos.

O principal comportamento dos peixes reofílicos e como sua reprodução em cativeiro é feita são, respectivamente:

  • A. realizam piracema − por meio de fecundação externa sem necessidade da injeção de hormônios.
  • B. apresentam comportamento parental de cuidado com a prole − induzida com uso de rações contendo hormônios naturais.
  • C. apresentam comportamento territorial − necessitam de espaço mínimo que varia de acordo com a espécie.
  • D. realizam migrações rumo as cabeceiras dos rios − induzida por meio do uso de hormônios naturais e/ou sintéticos.
  • E. apresentam comportamento monogâmico − somente as fêmeas necessitam de hormônios para a indução da ovulação.

Na cadeia produtiva do pescado, uma das etapas que exige maior cuidado é o transporte e entrega do produto, pois a falta de conhecimento adequado pode acarretar a perda de todo lote produzido. Um dos procedimentos usuais para melhorar a resistência dos alevinos ao manuseio é a adição de sal a água de transporte. O estresse do transporte promove aumento na

  • A. concentração dos hormônios liberados pelo hipotálamo que alteram a produção de hormônios da adenohipófise que controlam o fluxo sanguíneo e aumentam a entrada da água e perda de minerais, ocasionando um desequilíbrio osmótico.
  • B. concentração de nitrito no sangue que se liga a hemoglobina e impede o transporte do oxigênio e ocasiona a morte dos peixes por anoxia, mesmo com muito oxigênio na água.
  • C. excreção de amônia tóxica que é absorvida através das membranas branquiais, acarretando a morte dos peixes por intoxicação.
  • D. concentração do hormônio cortisol no sangue, que aumenta a oxigenação e causa embolia nos peixes.
  • E. concentração de cortisol no sangue e aumenta a permeabilidade das membranas branquiais, acarretando entrada da água e perda de minerais, ocasionando um desequilíbrio osmótico.

O aumento da rentabilidade na piscicultura deve estar atrelado ao crescimento da produtividade com redução de custos e de danos ambientais. Uma das opções para a redução de custos é a integração da piscicultura com a agricultura e consequente reaproveitamento dos efluentes gerados, sendo a melhor integração entre piscicultura e

  • A. caprinocultura.
  • B. bovinocultura.
  • C. hidroponia.
  • D. bubalinocultura.
  • E. bioflocos (flocos bacterianos).

A larvicultura de peixes nativos é feita, principalmente, em viveiros onde há necessidade de uma adubação inicial, geralmente constituída de farelo de arroz e ureia, para estimular o crescimento de fito e zooplâncton necessários ao desenvolvimento das pós-larvas e alevinos. No entanto, o manejo errôneo através da adubação excessiva pode ocasionar a morte das pós-larvas. O resultado de uma adubação excessiva em viveiros de larvicultura representa

  • A. a diminuição na produção de fitoplâncton re sultando na diminuição da transparência da água.
  • B. a diminuição da amônia tóxica como resultado da degradação dos compostos nitrogenados.
  • C. o aumento na produção de fitoplâncton resultando em variações drásticas no pH e na temperatura da água.
  • D. a redução nos níveis de oxigênio dissolvido na água e aumento da transparência.
  • E. o aumento na produção de fitoplâncton resultando em variações drásticas no pH e no oxigênio dissolvido.

Na cadeia produtiva do pescado, a despesca organizada e o abate dos peixes com choque térmico, por hipotermia, diminue o dano físico e aumenta o período de rigor mortis, favorecendo a qualidade do pescado para o consumo. No procedimento para o choque térmico, os peixes são colocados em

  • A. recipientes contendo água e gelo na proporção de 1:1, por um tempo que varia em função da espécie e do tamanho.
  • B. recipientes contendo apenas gelo, por um tempo que varia em função da espécie e do tamanho.
  • C. freezer, por um tempo que varia em função da espécie e do tamanho.
  • D. refrigerador por um tempo que varia em função da espécie e do tamanho.
  • E. recipientes contendo água e levados ao freezer, por um tempo que varia em função da espécie e do tamanho.

Nos peixes, após a decapitação, evisceração e remoção da pele, os músculos podem ser retirados sob a forma de filés. Quando durante a operação de filetagem ocorre redução do pH muscular e rigor mortis, pode haver a desagregação dos filés, sendo este fenômeno denominado

  • A. Rigor mortis.
  • B. Gaping.
  • C. Off flavor.
  • D. Glaceamento.
  • E. Dripping.
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