Questões de Psicologia da Fundação CEFETBAHIA / Centro Federal de Educação Tecnológica da Bahia (CEFETBAHIA)

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No artigo Repensando a psicologia escolar, Patto escreve: "Tanto a prática sugerida por Bleger quanto o tipo de atendimento psicológico levado a efeito pelo grupo argentino baseiam-se na teoria psicanalítica, fato que faz com que a pergunta formulada por Regers " psicólogo escolar: educador ou clínico? " perca todo o seu sentido. ... na escola existe um espaço totalmente vago para o psicólogo lidar com angústias, fantasias e bloqueios de todos os tipos, ..., sem precisar negar que se encontra numa instituição escolar mas, ao contrário, trazendo-a para o centro de suas atividades." Para Maria Helena Souza Patto, neste artigo,

  • A.

    o psicólogo escolar não pode desenvolver qualquer ação que o confunda com um psicólogo clínico.

  • B.

    cabe ao psicólogo em uma escola trazer a instituição escolar para o centro de suas atividades sem se preocupar com a questão: estou sendo escolar ou clínico?

  • C.

    Psicologia Escolar e Psicologia Clínica são coisas totalmente diferentes que não podem ser misturadas sob o risco do psicólogo ficar descaracterizado em uma escola.

  • D.

    o psicólogo em uma escola necessita desenvolver técnicas apenas compatíveis com o perfil de um psicólogo escolar.

Para alguns, é essencial, no trabalho do psicólogo em uma escola, a aplicação de testes. Entre estes, os testes de QI para avaliar o nível de inteligência do aluno. Patto, em Introdução à psicologia escolar, escreve sobre a "mitologia do QI". Segundo a autora: "Por que estamos preocupados com inteligência? ... não descobrimos nenhuma relação entre QI e a capacidade para funcionar em nossa sociedade... O comportamento não é determinado unicamente pelo computador formal situado entre ouvidos do indivíduo. ... nossa sociedade deveria ter preocupações maiores que produzir gênios. Nossa sociedade tem tanta necessidade de bons pedreiros, bons mecânicos e bons atletas quanto de físicos nucleares." Após lido o trecho anterior, conclui-se que

  • A.

    a autora afirma a necessidade do psicólogo em uma escola aplicar testes de QI junto a todos os alunos.

  • B.

    para a autora, só se conhece um aluno a partir do conhecimento do seu nível de inteligência.

  • C.

    a autora não dá uma preocupação fundamental ao nível de inteligência do aluno no trabalho de um psicólogo em uma escola.

  • D.

    para a autora, o que caracteriza a identidade de um psicólogo em uma escola são os testes de QI.

No volume XI da Standard, escreve Freud, em Contribuições para uma discussão acerca do suicídio: "A escola nunca deve esquecer que ela tem de lidar com indivíduos imaturos a quem não pode ser negado o direito de se demorarem em certos estágios do desenvolvimento e, mesmo em alguns, um pouco desagradáveis. A escola não pode adjudicar-se o caráter de vida: ela não deve pretender ser mais do que uma maneira de vida." O psicólogo, em uma escola, trabalha com alunos nos mais diversos perfis, sendo alguns alunos considerados maduros, outros alunos considerados imaturos pela comunidade escolar. Na concepção do texto acima, é correto afirmar:

  • A.

    Todos os alunos são iguais e não devemos atentar para as diferenças entre eles.

  • B.

    Freud nada entende de escola, então este comentário dele não deve ser levado a sério.

  • C.

    Não cabe a um psicólogo, em uma escola, ocuparse da preocupação de que cada aluno possui seu ritmo e suas diferenças, pois o psicólogo deve apenas pensar na maioria nunca em um aluno individualmente.

  • D.

    Cada aluno possui seu ritmo e devemos estar atentos a essa observação para não julgarmos todos alunos como iguais ou acharmos que obrigatoriamente todos alunos têm de ser iguais.

Freud, em: Algumas reflexões sobre a psicologia do escolar, Volume XIII, da Standard, escreve: "É nessa fase do desenvolvimento de um jovem que ele entra em contato com os professores, de maneira que agora podemos entender a nossa relação com eles. Estes homens, nem todos pais na realidade, tornaramse nossos pais substitutos. ... Transferimos para eles o respeito e as expectativas ligadas ao pai onisciente de nossa infância e depois começamos a tratá-los como tratávamos nossos pais em casa. Confrontamo-los com a ambivalência que tínhamos adquirido em nossas próprias famílias, e, ajudados por ela, lutamos como tínhamos o hábito de lutar com nossos pais em carne e osso. A menos que levemos em consideração nossos quartos de crianças e nossos lares, nosso comportamento para com os professores seria não apenas incompreensível, mas também indesculpável." Sobre esse trecho, pode-se afirmar que

  • A.

    fala da sempre boa relação entre o professor e o aluno.

  • B.

    fala de sempre péssima relação entre o professor e o aluno.

  • C.

    fala da ambigüidade, dialética e trocas na relação profesor-aluno.

  • D.

    não aborda a relação professor-aluno.

Escreve Novaes, em Psicologia Escolar: "Quando temos alguma coisa a decidir, o bom-senso nos aconselha a, primeiramente, avaliar e medir a situação..." Sob esse prisma, conclui-se que um psicólogo, em uma escola,

  • A.

    sempre saberá o que fazer de imediato.

  • B.

    às vezes não saberá o que fazer de imediato e o melhor é avaliar e medir a situação.

  • C.

    nunca saberá o que fazer de imediato.

  • D.

    negar-se-á a buscar resolver uma situação imediata que surge numa escola, pois o principal são as ações previamente planejadas.

Novaes, em Psicologia Escolar, fala que o psicólogo, em uma escola, é "muitas vezes percebido como elemento persecutório" e que se constata "ainda uma resistência da própria comunidade escolar" para o trabalho deste profissional. Conclui-se que o psicólogo, em uma escola,

  • A.

    deve estar atento a essas dificuldades para poder melhor exercer suas ações.

  • B.

    Não deve dar atenção às dificuldades listadas por Maria Helena Novaes, pois se trata de uma autora sem experiência na área escolar.

  • C.

    Não deve dar a mínima para essas dificuldades, pois são coisas da comunidade escolar e não dele.

  • D.

    Deve apenas pensar nas dificuldades que irá encontrar a fim de previamente ir planejando o que fazer quando na escola estiver trabalhando.

No texto A clínica e a clínica em um contexto escolar, Rita de C. N. Leite escreve sobre o seu trabalho de psicóloga em uma escola: "O desafio era realmente muito grande, mas nossa disposição de enfrentá-lo era maior. É claro que essa disposição não foi suficiente para indicar os caminhos por onde deveríamos seguir. Mas, mesmo sem noção clara do que fazer, tínhamos algumas idéias que, embora não nos mostrassem alternativas seguras, nos possibilitavam dar um pontapé inicial para começar a construir nosso trabalho na escola." A mesma autora, remetendo-se a Martins, 1996, p.268, cita a seguinte frase deste psicólogo: "...a realidade de cada escola é uma construção social..." A partir dos comentários acima, entendemos que o trabalho de um psicólogo numa escola,

  • A.

    é sempre previamente estabelecido.

  • B.

    é sempre uma construção.

  • C.

    deve ser totalmente imprevisível e ao acaso.

  • D.

    é baseado num modelo rígido de uma técnica específica e com uma linha teórica imutável.

Rita de Cássia N. Leite escreve, em: A clínica e a clínica em um contexto escolar, "a expectativa da escola em relação a nós, psicólogos e estagiários de Psicologia, era de que assumíssemos o lugar de disciplinadores... Essa expectativa sugere a não implicação dos professores e técnicos da escola com os problemas de comportamento e disciplina ocorridos em sala de aula..." Já João Batista Martins, em O disciplinamento escolar e a prática do psicólogo escolar, escreve: "Considerando que as expectativas que foram construídas socialmente acerca do trabalho do psicólogo o colocam no lugar do "mantenedor da ordem" e que tais expectativas se objetivam no interior da escola, ocupar "outro lugar" torna-se tarefa bastante difícil." Tais comentários sugerem que cabe a um psicólogo, em uma escola,

  • A.

    tomar para si os problemas ligados à indisciplina no colégio.

  • B.

    sempre estar presente nas questões de indisciplina em sala de aula.

  • C.

    convencer a direção que questões disciplinares devem passar para a alçada do psicólogo.

  • D.

    não se confundir com um disciplinador ou com um mantenedor da ordem.

Ressaltamos o seguinte trecho de O funcionário como educador numa escola estadual de Salvador (Luz; Oliveira; Pondé; Araújo): "Este estudo não tem a pretensão de determinar se esses educadores são "anjos ou demônios"..." Já Novaes, em Psicologia Escolar, diz que o psicólogo em uma escola "deve estar devidamente capacitado para enfrentar problemas para os quais ora é solicitado como um árbitro ou juiz entre professores e alunos e ora como um mágico..." A partir da leitura destes dois comentários, pode-se concluir que cabe a um psicólogo, em uma escola,

  • A.

    julgar, emitir julgamentos e ser julgado.

  • B.

    apenas ser julgado.

  • C.

    não emitir julgamentos ou não julgar.

  • D.

    julgar apenas quando convocado pela

Sobre o trabalho do psicólogo em uma escola, o artigo O funcionário como educador numa escola estadual de Salvador (Luz; Oliveira; Pondé; Araújo) comenta: "o que importa primeiramente é o compromisso ético e não o compromisso com uma técnica ou com uma linha teórica", ainda "a negligência acadêmica ao estudo das interações ... extraclasse indica a predominância de um pensamento simplificador sobre os processos educativos complexos que permeiam o contexto da escola. Essa postura revela a supremacia de um legado acadêmico cujos pressupostos estão calcados nos princípios da ciência dura, que, operando por intermédio do reducionismo, limita as possibilidades de leitura da realidade escolar." Novaes, em Psicologia Escolar, falando sobre a organização de um Serviço de Psicologia Escolar escreve que este serviço "deve-se caracterizar pela objetividade de sua estrutura e flexibilidade de seu funcionamento, uma vez que tem por objetivo principal atender às necessidades e dificuldades da população escolar." A idéia comum presente nos dois textos é:

  • A.

    É essencial que o psicólogo, em uma escola, possua uma técnica e uma linha teórica definidas.

  • B.

    O psicólogo, em uma escola, não deve se preocupar com atualizações científicas e pesquisas.

  • C.

    O trabalho de um psicólogo em uma escola deve conter, em sua teoria e prática, uma flexibilidade em seu funcionamento e não uma rigidez voltada para uma técnica.

  • D.

    O psicólogo, em uma escola, deve primar por desenvolver uma postura bastante definida em seu trabalho, baseado numa técnica precisa e numa linha teórica única.

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